AERO Magazine
Busca

Resultados financeiros

Companhias aéreas da China tiveram prejuízo em 2024

Segundo resultados preliminares, as três maiores companhias aéreas chinesas fecharam 2024 com perdas de até R$ 3,5 bilhões


A Air China é a única das três maiores companhias aéreas do país asiático a manter voos regulares para o Brasil - Divulgação
A Air China é a única das três maiores companhias aéreas do país asiático a manter voos regulares para o Brasil - Divulgação

As três maiores companhias aéreas da China registraram prejuízo em 2024, segundo relatórios financeiros preliminares, atribuindo as perdas a desafios como o aumento da concorrência doméstica, as pressões na cadeia de suprimentos e uma lentidão na recuperação internacional.

A Air China, que mantém voos comerciais para o Brasil, estimou um prejuízo líquido entre 160 e 240 milhões de yuans (entre R$ 130,4 e R$ 195,6 milhões), uma redução em relação ao prejuízo líquido de 1 bilhão de yuans (R$ 810 milhões) registrado em 2023. A companhia informou que reforçou esforços para melhorar a eficiência operacional e gestão de receitas, porém, relatou desafios no ambiente operacional, descrito como “cada vez mais complexo e volátil”, e mencionou “intensificação” da competição em suas operações domésticas.

A China Eastern Airlines apresentou um prejuízo líquido projetado entre 3,3 e 4,3 bilhões de yuans (entre R$ 2,69 e R$ 3,5 bilhões) no último ano, abaixo dos 8,2 bilhões de yuans (R$ 6,68 bilhões) reportado em 2023. Em nota, a companhia diz ter implementado ajustes na estrutura de rotas, fortalecido o controle de serviços, integrado operações comerciais e financeiras e adotado medidas de controle de custos. 

Por sua vez, a China Southern Airlines projetou prejuízos líquidos entre 1,25 e 1,87 bilhões de yuans (entre R$ 1,02 e R$ 1,52 bilhão), uma redução em relação ao prejuízo de 4,2 bilhões de yuans (R$ 3,42 bilhões) do ano anterior. A operadora foi a única a citar “disrupções” na cadeia de suprimentos como um fator significativo e também citou o aumento acentuado no custo de materiais para aeronaves no último ano e uma recuperação internacional considerada “relativamente lenta”.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 28/01/2025, às 08h35


Mais Notícias