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Caixas pretas

Companhias aéreas ainda discutem sobre a utilização de caixas-pretas ejetáveis

A indústria não se manifestou com relação às novas tecnologias para a localização de aviões acidentados


Três anos após o desaparecimento do Voo 370 da Malaysia Airlines no trajeto entre Kuala Lumpur e Beijing com 239 pessoas a bordo, ainda não há explicações. O que reativou, mais uma vez, a polêmica sobre possíveis melhorias na tecnologia dos equipamentos adotados para facilitar a localização de uma aeronave acidentada sobre o mar.

As famosas caixas-pretas, satisfatórias em condições normais, quando são resgatadas e permitem a coleta de dados e voo e dos sons na cabine, nem sempre são localizadas com rapidez suficiente em terra firme, para não se falar quando submersas. O sinal de rádio, de duração razoável, nem sempre é confiável ou mesmo detectável, por uma série de motivos.

Modificações nas caixas-pretas têm chegado a um impasse devido à rivalidade entre a Boeing e as autoridades norte-americanas por um lado, e a Airbus e as autoridades europeias pelo outro.

A diferença principal reside nas caixas-pretas ejetáveis já utilizadas em jatos militares e helicópteros. Alijadas da aeronave antes do impacto elas flutuam na água.

Para a Airbus, a ejeção facilitaria as buscas e permitiria uma localização mais rápida devido às emissões de sinais de rádio (ver foto).

No campo oposto, a Boeing, que julga a tecnologia da ejeção desnecessária diante da baixa ocorrência de acidentes em jatos comerciais, e pelo perigo potencial que representam quando ejetados por engano.

Para a FAA seria difícil justificar os custos dos registradores de voo ejetáveis quando comparados com os benefícios da segurança.

Por Ernesto Klotzel
Publicado em 05/04/2017, às 11h20 - Atualizado às 11h24


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