Conviasa planeja adquirir três Airbus A340-500 e está em busca de pilotos habilitados no modelo
Conviasa planeja ampliar frota com novas unidades do Airbus A340
O governo da Venezuela está dando os primeiros passos para organizar a sua malha aérea, seriamente afetada pela pandemia. A aviação regular do país já vinha assistindo um processo de quase encerramento dos voos antes mesmo da crise gerada pela covid-19, com a suspensão de grande parte dos voos.
A empresa aérea de bandeira venezuelana, a estatal Conviasa, poderá receber um Airbus A340-300, ex-Avior, além de planejar o recebimento de três A34-500, a versão de ultralongo alcance do quadrimotor.
Ainda que a compra de tais aeronaves possa sofrer com eventuais sanções internacionais, o mercado de usados está favorável para quem busca modelos de grande capacidade, especialmente os A340-500, que mesmo no lançamento contou com quase nenhum interesse do mercado. Com o elevado custo operacional, atrelado a redução da demanda global, as aeronaves de quatro motores passaram a ser retiradas de serviço em todo o mundo, reduzindo consideravelmente seu custo de aquisição.
A informação dos planos de renovação da frota foi confirmada por Ramón Velásquez Araguayá, vice-ministro do transporte aéreo da Venezuela e presidente da Conviasa, que aproveitou para anunciar que a companhia passará a voar para Moscou, na Rússia, e Teerã, no Irã, em meados de dezembro. Além disso, planeja ainda ampliar sua malha aérea para destinos na China, Portugal e Itália.
A empresa também está contratando pilotos, especialmente com habilitação na família de aviões da Airbus. Atualmente a empresa possui na frota um único A340-200, que nas últimas semanas tem sido visto com frequência no aeroporto Nikola Tesla de Belgrado, na Sérvia, onde o avião realizará uma parada técnica antes de seguir até o Irã.
Antes da pandemia a Conviasa voava regularmente para uma série de destinos nas Américas, com destaque para para Cancún e Toluca, no México; Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia; Manágua, na Nicarágua; Cidade do Panamá; Havana, em Cuba; Guayaquil e Quito, destinos no Equador; e Santo Domingo, na República Dominicana.
A Venezuela tem buscado ampliar sua conectividade global, mas sofre fortes pressões internacionais devido a violações de direitos humanos e políticos. Uma eventual abertura de voos para Teerã deverá ampliar ainda mais a desconfiança de diversos países, podendo inclusive comprometer fontes de financiamento para aquisição de aeronaves, mesmo que usadas.
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Por Gabriel Benevides
Publicado em 09/11/2020, às 11h00 - Atualizado às 13h38
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