Documento regulatório ao mercado publicado pela Air China indica aumento dos valores de tabela do Comac C919
A fabricante de aviões chinesa Comac fechou na última sexta-feira (22), um acordo com a Air China que prevê a aquisição de dezessete novos aviões, em um negócio avaliado em US$ 1,1 bilhão, considerando os preços de tabela.
Em documento regulatório ao mercado, a Air China diz que o acordo inclui onze aviões regionais ARJ21, e 24 opções, e seis C919, e direitos de compra para outros quinze, com entregas previstas entre 2024 a 2025.
Rival direto do Airbus A320 e 737 MAX, a Comac aumentou o preço do bimotor de fuselagem estreita em cerca de nove milhões de dólares, de US$ 99 milhões para US$ 108 milhões.
O aumento sugere que a fabricante chinesa poderá oferecer significativos descontos aos seus potenciais clientes, após apelo ao governo para apoiar a compra de novos aviões de fuselagem estreita produzidos no país.
Pequim espera que a Comac detenha 10% dos pedidos no segmento de aviões comerciais de até 180 assentos, em 2025, seguindo para algo próximo de um terço na próxima década.
Desenvolvido seguindo padrões ocidentais, o bimotor de corredor único impulsionado pelos motores CFM LEAP-1C, está equipado com aviônicos e sistemas de controle de última geração fornecidos pela Honeywell e Collins Aerospace.
A versão padrão do C919 pode ser configurada com 158 a 192 assentos, com alcance de 2.200 milhas náuticas, o equivalente a 4.074 quilômetros. Duas novas variantes estão sendo desenvolvidas, com capacidade para 140 e 210 passageiros, respectivamente.
Atualmente, três exemplares do modelo estão ativos pela China Eastern. Entregue no ano passado, a aeronave iniciou seus voos comerciais em maio passado, realizando voos domésticos como por exemplo, entre Xangai e Pequim.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 26/12/2023, às 13h50
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