FAA não permitiu ainda que Boeing aumente a produção dos 737 MAX por problemas de qualidade final
A agência de aviação civil dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) poderá não permitir que a Boeing aumente a produção do 737 MAX. O motivo segue sendo os inúmeros problemas de qualidade e segurança na fabricação da aeronave nos últimos anos.
Segundo informou o diretor do FAA, Mike Whitaker, após uma longa reunião com a empresa, não é esperado que a linha de produção possa ampliar sua taxa de produção mensal, mantendo, por ora, os mesmo números atuais pelo menos nos próximos meses.
A FAA afirmou que continuará com uma supervisão reforçada nos procedimentos e métodos de fabricação a fim de atestar a confiabilidade e segurança na montagem das aeronaves.
Não é a primeira vez que a Boeing foi afetada por problemas de qualidade, em fevereiro deste ano a agência proibiu o aumento da produção após um 737 MAX 9 perder o tampão da porta de emergência em pleno voo.
Whitaker disse que a FAA continuará a monitorar o fabricante “para nos dar uma imagem de que eles estão rumo certo. Queremos ter certeza de que o sistema está funcionando com a segurança que deveria”.
A Boeing vem realizando diversas ações na melhoria das práticas de qualidade de produção, afirmando que o plano de ação será focado nos resultados das auditorias do FAA e comentários dos funcionários, além de investimentos em treinamento da força de trabalho, identificação e eliminação de defeitos na cadeia produtiva.
“Muitas dessas ações estão em andamento e nossa equipe está comprometida com a execução de cada elemento do plano”, afirmou Dave Calhoun, presidente-executivo da Boeing.
Por Micael Rocha
Publicado em 01/06/2024, às 12h01
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