Boeing estima novo prejuízo bilionário

A Boeing acaba de anunciar que espera um prejuízo de aproximadamente US$ 4 bilhões no quarto trimestre de 2024, em decorrência da greve de sete semanas dos trabalhadores de suas fábricas na Costa Oeste dos EUA e a encargos adicionais em seus programas de defesa.

Com isso, o fabricante prevê uma receita trimestral de US$ 15,2 bilhões, uma perda por ação de US$ 5,46 e fluxo de caixa operacional negativo de US$ 3,5 bilhões. No final do trimestre, a liquidez da Boeing, incluindo caixa e investimentos em títulos negociáveis, era de US$ 26,3 bilhões.

• Clique e assine a AERO Magazine com oferta especial
• Boeing encerrará produção do 767 e atrasará entregas do 777X
• Mais de 500 Boeing 767 devem passar por inspeção nos trens de pouso
• Boeing entregou 34% menos aviões comerciais em 2024

Na divisão de Aeronaves Comerciais, a Boeing espera reconhecer encargos pré-impostos de US$ 1,1 bilhão nos programas 777X e 767, devido aos impactos da greve liderada pela Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), que resultou em entregas reduzidas. Vale lembrar que, a Boeing encerrou 2024 com 348 aeronaves comerciais entregues, uma queda de cerca de 34% em comparação com as 528 entregas realizadas em 2023. 

Especificamente, o programa 777X enfrentará um encargo de US$ 900 milhões, decorrente de custos trabalhistas aumentados após o acordo com a IAM, que serão distribuídos ao longo dos próximos anos. A empresa mantém a previsão de entregar o primeiro 777-9 em 2026. Para o quarto trimestre, espera-se que o segmento de Aeronaves Comerciais registre uma receita de US$ 4,8 bilhões e uma margem operacional negativa de 43,9%.

No setor de Defesa, Espaço e Segurança, a Boeing antecipa encargos pré-impostos totalizando US$ 1,7 bilhão, relacionados aos programas KC-46 Pegasus, T-7A Red Hawk, Commercial Crew, VC-25 e MQ-25. O programa KC-46A está sujeito a um encargo de US$ 800 milhões devido a custos de fabricação aumentados, incluindo os efeitos da paralisação do IAM.

O programa T-7A enfrentará um encargo de US$ 500 milhões, principalmente devido a custos estimados mais altos para lotes de produção programados para 2026 e além. Para o quarto trimestre, espera-se que o setor de Defesa, Espaço e Segurança reporte uma receita de US$ 5,4 bilhões e uma margem operacional negativa de 41,9%.

• Veja nossos vídeos no canal da AERO Magazine no YouTube

A Boeing deve divulgar os seus resultados financeiros finais do quarto trimestre em 28 de janeiro de 2025. Os resultados atuais são preliminares, sujeitos a alterações após a revisão contínua pelo fabricante.