Decolagem foi marcada por grande expectativa e representa um momento importante para a Boeing
Decolagem inaugural do Boeing 777-9 foi marcada por grande expectativa
Após uma série de contratempos a Boeing realizou o primeiro voo com o 777-9X. O avião deverá agora seguir uma extensa campanha de ensaios em voo, incluindo a adição de mais aeronaves de teste ao programa.
A Boeing esperava realizar o primeiro voo dia 23 de janeiro, mas as condições climáticas adiaram a decolagem do 777X por dois dias seguidos. Na sexta-feira (24) fortes rajadas de vento, que superaram os 50 km/h se tornaram constante durante toda a ‘janela’ de voo existente.
O novo Triple Seven é o maior avião bimotor do mundo, com capacidade para voar por até 13.500 km (7.285 nm), suficiente para ligar quase todas as principais capitais do mundo sem escalas. Configurado com duas classes o 777-9 poderá transportar até 426 passageiros, próximo a capacidade do veterano 747. Aliás, é possível que em alguns meses o 777-9 se torne o maior avião da Boeing, com o possível fim da linha de produção do 747.
O 777-9 realizou seu roll out no dia 13 de março de 2019, apenas três dias após o acidente com o 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines, marcando assim uma cerimônia sem grandes espetáculos ou comemorações. Todavia, em maio uma falha nos motores GE9X levou ao primeiro atraso no cronograma atual para o primeiro voo, que foi retardado novamente após uma falha catastrófica em uma das aeronaves destinadas aos ensaios estáticos.
Imagem 3D permite acompanhar em tempo real o voo inaugural do 777-9
O primeiro voo com o 777-9 representa um importante marco para a Boeing, que atravessa um dificil período com a paralisação do 737 MAX e perda de credibilidade pública. A expectativa da fabricante é que o 777-9 possa alavancar as vendas no principal mercado de longo curso, onde o 777-300ER é considerado o modelo de maior sucesso no segmento.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 25/01/2020, às 15h00 - Atualizado em 03/02/2020, às 00h17
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