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Bombardier poderá reduzir participação no programa A220

Fabricante avalia presença no projeto após resultados financeiros de 2019


A Bombardier está reavaliando sua parceria com a Airbus no programa A220 (ACLP), anteriormente conhecido como CSeries. A mudança na estratégia ocorre após os resultados previstos para o segundo trimestre estarem abaixo das metas. A divulgação da previsão fez as ações da Bombardier despencar mais de 30% na última semana.

A empresa canadense detém 34% de participação no projeto e havia se comprometido a manter os investimentos na aeronave por mais cinco anos, no entanto, sinalizou que poderia reduzir sua participação no projeto controlado pela Airbus. Contratualmente a gigante europeia poderá adquirir o controle total do programa A220.

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Em nota, a Bombardier declarou que informará qualquer redução que venha a acontecer após as análises dos resultados financeiros de 2019. No mesmo comunicado, a Bombardier informou que está buscando alternativas para pagar suas dívidas, mas não deu mais detalhes sobre essas alternativas.

A fabricante canadense observa que os planos financeiros mais recentes da ACLP “exigem investimentos adicionais para apoiar o aumento da produção, aumentam o cronograma de equilíbrio e geram um retorno menor ao longo da vida do programa”.

Após uma grande reestruturação de negócios a Bombardier focou seus esforços na aviação de negócios, trabalhando em projetos que exigem menores investimentos e possuem margens de lucro maiores, quando comparados aos aviões comerciais. Em 2019, a empresa vendeu o direito de produção dos turboélices QSeries, dos jatos regionais CRJ e a divisão Short Brothers na Irlanda do Norte.

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Por Gabriel Benevides
Publicado em 24/01/2020, às 15h10 - Atualizado às 17h08


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