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Batismo de fogo: Mais novo caça dos Estados Unidos ataca alvos do estado islâmico no Iraque

A força aérea norte-americana utiliza pela primeira vez o F-35A em combate real


A força aérea dos Estados Unidos (USAF) anunciou o primeiro emprego em combate real com o F-35A Lightning II, em recente missão no Iraque. Segundo as autoridades norte-americanas, dois aviões foram utilizados em um ataque a rede de túneis do estado islâmico, na cidade de Wadi Ashai, no noroeste do país.

“O F-35A conduziu o ataque aéreo usando uma munição JDAM contra uma rede de túneis do entrincheirados e um esconderijo de armas nas Montanhas Hamrin”, afirmou o Comando da Força Conjunta Aliada.

As aeronaves decolaram da base aérea de Hill, em Utah, para serem enviadas ao Iraque. Assim, a USAF se tornou assim a terceira força do mundo a utilizar o F-35 em combate real. O primeiro ataque ocorreu em maio de 2018, quando os F-35A da força de defesa de Israel, iniciou o uso dos aviões em combate, seguido dos F-35B dos fuzileiros navais dos Estados Unidos (USMC), em setembro do ano passado.

 O ataque aéreo, de acordo com a força aérea, ocorreu em suporte a Operation Inherent Resolve, que busca desmobilizar uma vasta rede de suprimentos do estado islâmico. Os combatentes do grupo radical têm empregado uma série de túneis no transporte de armas e suprimentos aos combatentes. O grupo terrorista tem ampliado sua ofensiva contra as forças de segurança do Iraque, causando uma série de ataques a população civil e autoridades.

O uso do F-35 em ações de combate a grupos terroristas tem se revelado um dos destaques do modelo. Ainda que projetado visando combates com amplas forças de defesa, o avião conta com sistemas integrados que podem compartilhar e receber dados de diversas fontes militares, aumentando sua precisão de ataque.

“O F-35A tem sensores em todos os lugares, possui um radar avançado e pode reunir e combinar todas essas informações do espaço de batalha em tempo real”, conta o tenente-coronel Yosef Morris, comandante do 4º Esquadrão de Caça e piloto do F-35A “Ele [o F-35] tem a capacidade de pegar essas informações e compartilhá-las com outros F-35 ou mesmo outras aeronaves de quarta geração e criar no mesmo pacote uma imagem integrada [da região de combate]”.

A expectativa dos Estados Unidos é que toda sua frota de F-35 esteja em pleno emprego nos próximos meses. O avião passou por um longo e difícil processo de desenvolvimento e operação, com custos extrapolando o orçamento e o colocando como o mais caro projeto militar da história.

Por Edmundo Ubiratan | Fotos: USAF
Publicado em 01/05/2019, às 16h00 - Atualizado às 16h57


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