Falha durante cerimônia de batismo do primeiro avião lançou agente corrosivo sobre a recém chegada aeronave
Um erro no momento do batismo do primeiro F-35A da Real Força Aérea Holandesa levou a força aérea ser obrigada a retirar o avião de serviço, antes mesmo dele poder realizar o primeiro voo oficial no país.
Tradicionalmente quando uma aeronave nova chega em um aeroporto ou força aérea existe uma cerimônia onde veículos dos bombeiros do aeroporto criam um arco de água, com o avião passando sob ele formalizando seu “batismo”. Era o que a força aérea da Holanda previa quando recebeu seu primeiro F-35A Lightning II pousou na base aérea de Leeuwarden. Todavia, um dos caminhões lançou espuma retardante ao invés de água.
Espuma retardante de chama é potencialmente corrosiva e exige inspeção da aeronave após seu uso
Após receber o banho de espuma o avião parou imediatamente, pela falta de visibilidade do piloto e pelos riscos que o produto químico causa na aeronave. As propriedades químicas da espuma a tornam potencialmente corrosiva e ácida para alguns materiais.
O erro deverá forçar a Real Força Aérea Holandesa a retirar o F-35A de serviço por pelo menos duas semanas, quando deverá passar por uma criteriosa inspeção. Os militares solicitaram informação a Lockheed Martin, fabricante do caça, para realizar a correta verificação de partes que potencialmente podem ter sido expostas a corrosão. Além disso, o motor deverá ser inspecionado, assim como a pintura que possui capacidade de absorver ondas eletromagnéticas emitidas por radares.
Atualmente a Holanda recebeu formalmente oito F-35A, de um pedido para 46 aeronaves. A expectativa é que o segundo avião pouse no país até o final do mês, seguido dos demais seis até o final de 2019. Atualmente os aviões holandeses embora tenham sido entregues, estão ainda na fábrica da Lockheed, nos Estados Unidos, aguardando o translado para a Europa.
Por Edmundo Ubiratan | Imagem: Divulgação
Publicado em 06/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 01h28
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