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Avião do ditador venezuelano Maduro é apreendido pelos EUA

O avião executivo utilizado por Maduro foi apreendido na República Dominicana sob a justificativa de compra ter violado sanções impostas a Venezuela


Dassault Falcon 900 é utilizado por Maduro em viagens dentro da Venezuela ou a países próximos - Divulgação
Dassault Falcon 900 é utilizado por Maduro em viagens dentro da Venezuela ou a países próximos - Divulgação

Os Estados Unidos apreenderam o avião do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que estava há mais de um mês na República Dominicana. A aeronave foi levada para a Flórida hoje (2), para cumprir um mandato de busca e apreensão.

Segundo autoridades norte-americanas, a compra do avião violou as sanções impostas à Venezuela. O Dassault Falcon 900 usado pela Venezuela é avaliado em aproximadamente US$ 13 milhões e há vários anos é utilizado pelo presidente no transporte oficial, sendo, em menor escala, o equivalente ao Air Force One dos Estados Unidos.

Um oficial dos EUA afirmou à CNN que a apreensão é inédita e envia uma mensagem clara de que ninguém está acima da lei ou das sanções dos Estados Unidos. “Apreender o avião do chefe de Estado estrangeiro é algo inédito para questões criminais. Estamos mandando uma mensagem clara aqui de que ninguém está acima da lei, ninguém está acima do alcance das sanções dos EUA”.

A apreensão é mais um capítulo nas tensões diplomáticas entre os EUA e a Venezuela, que se agravaram após as eleições venezuelanas de 29 julho, quando Maduro foi autodeclarado reeleito. As sanções ao setor de petróleo e gás da Venezuela foram restabelecidas no início do ano pelos EUA por conta dos crimes contra a humanidade e a falta de liberdades civis.

Ainda hoje, a Procuradoria-Geral da Venezuela fez um pedido de prisão do candidato presidencial Edmundo González, opositor de Nicolás Maduro nas eleições de julho. Segundo a promotoria, o político é acusado de crimes de conspiração e sabotagem ao sistema eleitoral.

O próprio Maduro, dias depois da eleição, havia defendido a prisão tanto de Gonzalez como de Corina Machado, sob acusações de falsificação de documento público, conspiração e instigação à desobediência às leis.

Por Micael Rocha
Publicado em 02/09/2024, às 09h00


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