Houve um aumento sensível entre os 32 membros da Associação
Ninguém pode negar de que 2016 foi o ano de maior segurança de voo de todos os tempos em matéria de acidentes fatais na aviação comercial, mas isto não satisfaz a Agência Europeia de Segurança de Voo (EASA). Ela se preocupa com o aumento significativo no número de incidentes sérios envolvendo os operadores em 32 estados, membros da EASA.
Em 2016, segundo a Agência, ocorreram somente oito acidentes fatais com 255 vítimas em todo o mundo envolvendo jatos comerciais. Dois deles com voos cargueiros e o restante, com voos de passageiros.
Operadores de países membros da EASA foram responsáveis, somente, por um acidente fatal em 2016, com um cargueiro CRJ200 em 8 de janeiro. No total, as aeronaves operadas por países-membros da EASA se envolveram em apenas 18 acidentes em 2016, ante os 26 de 2015: 0,0003% em 3 milhões de voos - uma queda de 43%.
A ICAO define como acidente, aquele em que passageiros sofrem ferimentos sérios e/ou quando a aeronave é avariada ou sofre dano estrutural ou desaparece ou é completamente inaccessível. Por outro lado, o número de incidentes sérios envolvendo aviões comerciais de países membros da EASA saltou de 56 em 2015 para 101 em 2016, cerca de 38% maior.
Para a ICAO, um incidente sério – excetuando um acidente propriamente dito – ocorre quando a operação de uma aeronave afeta, ou pode afetar, a segurança da operação. Os 101 incidentes sérios representam o número mais elevado já registrado ao longo da década passada.
Ernesto Klotzel
Publicado em 01/03/2017, às 14h13 - Atualizado às 14h30
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