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Esforço coordenado

Associação pede que as autoridades atendam aos prazos para recolocar o 737 MAX em operação

IATA reúne operadores do 737 MAX em segunda cúpula para tratar da paralisação do modelo em todo o mundo


Paralelamente as autoridades de aviação dos Estados Unidos terem encontrado o que foi considerado um “novo risco em potencial” no 737 MAX,  a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) pediu que as autoridades de segurança da aviação continuem seus esforços para atender aos requisitos de validação técnica e aos prazos para a colocar as aeronaves Boeing 737 MAX novamente em operação.

O anúncio foi feito na conclusão da segunda Cúpula Boeing 737 MAX, organizada pela IATA. Já nos Estados Unidos, a FAA afirmou, em nota, que continua avaliando as modificações no MCAS e nos procedimentos de treinamento dos pilotos.

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Todavia, os membros da Cúpula Boeing 737, que ocorreu em Montreal, no Canadá, demonstram preocupação com os prazos. As empresas operadoras da família 737 aguardam a liberação dos voos para poderem retomar diversas rotas que só podem ser atendidas pelo 737 MAX, assim como pretendem seguir a modernização da frota. “Confiamos na FAA, em sua função de órgão regulador da aviação civil, para garantir o retorno seguro da aeronave. E respeitamos a decisão independente dos órgãos reguladores do mundo todo sobre as recomendações da FAA”, disse Alexandre de Juniac, Diretor Geral e CEO da IATA.

A IATA reiterou a necessidade de atender a requisitos adicionais de treinamento para a tripulação do Boeing 737 MAX e deseja um esforço coordenado para colocar o modelo em operação novamente.

Representantes de mais de 40 companhias aéreas, autoridades de órgãos reguladores de segurança, fabricantes de equipamentos originais, organizações de treinamento, associações relacionadas à aviação e empresas de leasing de aeronaves participaram da segunda Cúpula Boeing 737 MAX que ocorreu ontem (26).

A IATA reconhece a importância da integração global entre agencias de aviação civil, baseado em um padrão internacional de segurança. “Esta estrutura harmonizada tem funcionado com sucesso há décadas, ajudando a tornar o transporte aéreo a forma mais segura de viagens de longa distância”, comentou Juniac. “A aviação não pode funcionar de forma eficiente sem esse esforço coordenado, que é necessário para restaurar a confiança do público".

A preocupação de diversas companhias aéreas é que o 737 MAX sofra rejeição por parte do público, que pode aumentar com a cada notícia negativa em relação ao progresso do processo de recertificação. A falta de um prazo para solução do problema é tratado com preocupação por algumas empresas aéreas, que alegam que para retomada dos voos será necessário um planejamento antecipado.

A FAA em sua última atualização do processo referente ao retorno do 737 MAX afirmou que está avaliando a modificação de software realizada pela Boeing para o sistema MCAS, além de estar desenvolvimento os novos requisitos de treinamento necessários. “A FAA está seguindo um processo minucioso, não um cronograma prescrito, para devolver o Boeing 737 Max ao serviço de passageiros”, afirma a agência em nota. “A FAA vai levantar a ordem de proibição da aeronave quando considerarmos que é seguro fazê-lo”.

Além de rever os processos de treinamento e de atualização de software, a FAA está trabalhando em conjunto com às recomendações recebidas do Technical Advisory Board (TAB), um painel revisão independente que está revisando todos os trabalhos com relação ao 737 MAX.

Fontes internas na Boeing, consultadas por AERO Magazine, afirmam que o problema está na integração atual entre o sistema de software e o hardware do avião. Ainda assim, não foram informados quais problemas estariam ocorrendo.

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Por Edmundo Ubiratan | Imagens: Divulgação
Publicado em 27/06/2019, às 16h00 - Atualizado às 17h19


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