Estudo da Airbus aponta ainda a necessidade de 33 mil novos pilotos e 43 mil novos técnicos
Nos próximos 20 anos, a América Latina vai precisar de 2.460 novas aeronaves de passageiros e de carga, segundo levantamento divulgado esta semana pela Airbus. Mais da metade ajudará a atender à crescente demanda, enquanto 44% apoiará a substituição de aeronaves mais antigas e menos eficientes em termos de combustível, melhorando a eficiência de CO2 das frotas operadas na região.
A fabricante argumenta que o tráfego de passageiros na América Latina quase triplicou desde 2002 e espera-se que duplique nas próximas duas décadas. As taxas de viagem per capita na Colômbia, México, Argentina e Brasil lideram este crescimento do transporte de passageiros. O aumento das viagens aéreas está sendo alimentado pelo crescimento populacional e econômico em todo o território.
O tráfego nacional e internacional de passageiros na América Latina deve crescer significativamente nos próximos 20 anos por um fator de 2,3, representando uma taxa de crescimento anual de 3,9%. Até 2040, o tráfego adicional será conduzido pelos mercados domésticos com uma taxa de crescimento de 4,2% por ano. Tantos voos internos entre países latinos quando voos entre Caribe e América Latina para o resto do mundo terão um tráfego que aumentará 3,5% ao ano.
A frota em serviço da região duplicará dos 1.440 aviões em serviço hoje, para 2.820 nas próximas duas décadas. Das novas aeronaves de passageiros e de carga necessárias na América Latina e no Caribe, 2.170 serão para o segmento de pequeno porte, 190 para aeronaves médias e 100 para aeronaves grandes.
Para dar conta da expansão, a Airbus prevê uma necessidade de 33 mil novos pilotos e 43 mil técnicos a serem treinados nos próximos 20 anos nos países latinos, representando um crescimento no mercado de serviços da região de US$ 5,5 bilhões (R$ 27,5 bilhões) em 2021, para US$ 19 bilhões (R$ 95,2 bilhões) em 2040.
A fabricante finaliza afirmando que a América Latina e o Caribe estão passando por uma recuperação do fluxo aéreo graças ao levantamento das restrições de viagem e ao aumento das taxas de vacinação. Espera-se que o tráfego da região atinja os níveis de 2019 entre 2023 e 2025.
Marcel Cardoso
Publicado em 11/03/2022, às 08h45
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