Airbus e Boeing planejam aumentar ritmo de produção de suas respectivas famílias de jatos A320neo e 737 MAX
A Airbus e Boeing planejam aumentar o ritmo de produção de suas respectivas famílias de jatos A320neo e 737 MAX. Nos últimos meses ambas as fabricantes tem enfrentado problemas na cadeia de suprimentos, impossibilitando honrar os prazos de entregas.
Nas últimas semanas, declarações de executivos das empresas indicam que as linhas de montagem tanto do A320neo como do 737 MAX estão em progresso para incrementar o ritmo de produção. Diante de um entrave operacional em comum, mas com estratégias diferentes, Airbus e Boeing estão finalizando os ajustes necessários para garantir seus objetivos comerciais.
A Boeing vai aumentar "em breve" a produção do MAX, hoje estabilizada em 31 unidades por mês. A empresa quer restabelecer a taxa mensal de manufatura de seu principal produto para o nível registrado em 2019, ano pré-crise sanitária, quando 52 exemplares eram fabricados mensalmente.
A norte-americana pretende produzir cerca de 38 aeronaves até o fim do primeiro semestre deste ano, aumentando para cerca de 42 unidades em janeiro de 2024. Já no segundo semestre do ano que vem, a Boeing planeja alcançar a marca de 50 jatos por mês, garantindo assim cerca de 40% do mercado de aviões de corredor único.
Além de produzir novos jatos, a Boeing ainda está realizando as modificações necessárias em cerca de 250 MAX que ainda estão estacionados desde a suspensão dos voos e entregas após dois acidentes fatais.
Em paralelo a empresa tem concentrado esforços para certificar o 737 MAX 7 e MAX 10, além do 777-9. A Boeing espera que o MAX 7 seja certificado até o final do ano pela autoridade de aviação civil norte-americana (FAA, na sigla em inglês).
Do outro lado do Atlântico, a Airbus que tem conquistado contratos significativos com as versões de longo alcance do A321neo, quer ampliar sua produção utilizando não só as plantas de Toulouse, na França, e Hamburgo, na Alemanha.
Para atingir a taxa mensal de 75 aeronaves até 2026, a fabricante assinou na semana passada um acordo para expandir a linha de montagem na cidade de Tianjin, na China. A ampliação da capacidade permitirá que a Airbus atinja a marca de 65 aviões de fuselagem estreita por mês até o final de 2024, antes de prosseguir para a meta estabelecida dois anos depois.
Além das instalações na Alemanha, França e China, a Airbus possui uma unidade fabril em Mobile, no estado do Alabama, nos Estados Unidosvers
No ano passado a Boeing entregou 480 aeronaves e obteve 774 pedidos, alta de 40% em relação a 2021. Foram entregues 374 unidades do 737 MAX, enquanto do total de pedidos, a família de jatos MAX registrou 561 encomendas.
Já a Airbus entregou 661 aeronaves comerciais para oitenta e quatro clientes, alta de 8% em relação a 2021, mas abaixo da meta estabelecida para 700 jatos. Para 2023, a empresa planeja entregar 720 aeronaves comerciais.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 11/04/2023, às 03h14
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