Superaquecimento de bateria de lítio obriga tripulação a desviar voo após cabine ser tomada por fumaça tóxica
Redação Publicado em 02/12/2024, às 19h06
No dia 30 de novembro, o voo 3U8925 da Sichuan Airilines teve de ser desviado após um carregador portátil de um passageiro superaquecer, ninguém se feriu.
Conforme a mídia local, a cabine do Airbus A320 foi tomada por uma enorme cortina de fumaça tóxica decorrente do superaquecimento da bateria de lítio. Com isso, o voo entre Chengdu (CTU) e Xiamen (XMN) foi desviado para Guilin, na China.
Sichuan Airlines flight 3U8925, an Airbus A320 (B-6719), diverted to Guilin, China, after a passenger’s power bank began emitting smoke following a thermal runaway event of the device's lithium battery.pic.twitter.com/tfGoveWm8b
— Aviation Safety Network (ASN) (@AviationSafety) December 2, 2024
Com o avanço da tecnologia e dos dispositivos móveis, o transporte de baterias no modal aéreo vem sendo alvo de diversos debates acerca da segurança operacional de aeronaves.
Acerca do transporte de bateria de lítio, as legislações de diversos países sofreram alterações por conta dos riscos de explosão, fumaça tóxica ou gases inflamáveis. Com isso, o transporte de bateria de lítio, a depender do modelo, é proibido por ser considerado perigoso.
Quando baterias de lítio são transportadas dentro das aeronaves, existe o risco do aquecimento de uma bateria por disrupção térmica, impactando diretamente nas demais baterias presentes no compartimento de carga, por exemplo, podendo gerar um grave acidente tanto em voo como em solo.
Por outro lado, a indústria da aviação vem investindo amplamente no uso de baterias em projetos de aeronaves comerciais com emissão de carbono zero, ditando a busca por novos combustíveis e tecnologias que possam reduzir as emissões de poluentes e tornar mais rentável o transporte aéreo.