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De propulsão híbrida distribuída

Airbus fez primeiro voo de avião demonstrador com baterias a bordo

O Ecopulse, avião de demonstração da Airbus, foi desenvolvido em conjunto com a Daher e com a Safran


Até meados de 2024, serão feitos até 30 voos com a aeronave - Airbus/Divulgação
Até meados de 2024, serão feitos até 30 voos com a aeronave - Airbus/Divulgação

A Airbus realizou na última sexta-feira (29) o primeiro voo do Ecopulse, avião de demonstração de propulsão híbrida distribuída desenvolvida, movido a baterias, em conjunto com a Daher e a Safran.

Ele decolou para seu voo de teste inaugural do aeroporto Tarbes-Lourdes-Pyrénées (LDE),  no sudoeste da França. Dois pilotos experimentais da Daher estavam a bordo do demonstrador, uma aeronave turboélice TBM 900 modificada. 

Enquanto na decolagem e no pouso utilizavam o motor de propulsão tradicional, o sistema de propulsão híbrido foi acionado em altitude de cruzeiro, onde os pilotos passaram cerca de 20 minutos executando sequências de testes na bateria enquanto ela alimentava o voo.

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Um sistema de propulsão híbrido-elétrico combina uma bateria de alta tensão com uma turbomáquina equipada com um gerador elétrico, e o aspecto distribuído significa que há múltiplos “pods” de propulsão espalhados ao longo das asas. 

Todos os aspectos dos diferentes sistemas, desde a forma como a aeronave responde à forma como as fontes de energia são utilizadas, foram previamente simulados digitalmente e testados pelos pilotos no solo, segundo a Airbus. Esses dados teóricos serão comparados com os dados reais de testes de voo para ajudar as equipes a refinar melhor o simulador e melhorar o desempenho dos diferentes componentes tecnológicos inovadores. 

Os demonstradores em si não se destinam a entrar em serviço, mas permitem-nos avaliar, amadurecer e validar tecnologias individuais que podem então ser integradas em futuras aeronaves”, disse William Llobregat, líder do projeto EcoPulse.

As baterias já em uso em aeronaves são normalmente de baixa tensão. A utilizada pelo EcoPulse teve que ser projetada sob medida. “O sistema de bateria é capaz de atingir 800 Volts DC e fornecer até 350 quilowatts de energia”, disse Llobregat. A bateria é potente o suficiente para acionar até seis propulsores elétricos.

Confirmamos hoje que este sistema de propulsão disruptivo funciona em voo, o que abre caminho para uma aviação mais sustentável”, disse Eric Dalbiès, vice-presidente executivo de estratégia e diretor de tecnologia da Safran. 

Os até 30 testes de voo do demonstrador irão até meados de 2024.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 05/12/2023, às 08h04 - Atualizado às 08h55


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