Aviadores da FAB fizeram curso na Suécia para se aperfeiçoarem aos caças F-39E Gripen
Por André Magalhães Publicado em 08/04/2022, às 18h10
A Saab publicou um vídeo mostrando em detalhes o voo inaugural no espaço aéreo brasileiro dos dois primeiros F-39E Gripen, produzidos em série, da Força Aérea Brasileira (FAB).
Na quarta-feira (6), os caças decolaram do aeroporto de Navegantes (SC) e pousaram no Centro de Ensaios em Voo do Gripen, na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP).
O voo durou aproximadamente 50 minutos e foi comandado por dois pilotos de ensaio da FAB, o Tenente-Coronel Aviador Cristiano de Oliveira Peres e Major Aviador Abdon de Rezende Vasconcelos – ambos realizaram treinamento na Suécia.
“Para mim, como piloto de caça, é uma satisfação muito grande poder liderar a primeira formação de gripens no Brasil. Eu diria que vai voar na minha ala não apenas o Major Abdon, mas todos aqueles que trabalham, desde 2014, para a concepção desse projeto grandioso para a Força Aérea Brasileira", disse Cristiano de Oliveria, piloto líder da missão.
Nas imagens, é possível ver os caças em voo de Ala, com isso se pressupõe que uma terceira aeronave estava acompanhado os Gripen, possivelmente um F-5FM Tiger II.
Agora que os caças (FAB 4101 e 4102) estão em Gavião Peixoto, serão feitos vários testes para obter o Certificado de Tipo Militar. Após isso, os caças irão para seu novo lar, a base aérea de Anápolis (GO), para as etapas finais da fase de entrega.
A FAB recebeu suas quatro primeiras unidades operacionais em novembro de 2021. Os caças foram entregues formalmente na fábrica da Saab em Linköping, Suécia. O envio das outras duas aeronaves deverá acontecer ainda neste semestre.
O Saab Gripen (E) foi selecionado pelo Brasil em 2014, o caça sueco concorria com o norte-americano F/A-18E/F e o francês Dassault Rafale no Programa FX2 – que visava a renovação da aviação de caça do Brasil. Ao todo, a FAB terá 36 unidades, sendo 28 da versão E (monoposto) e oito da versão F (biposto)
O ponto chave da escolha do Brasil é a transferência de tecnologia, isso significa que nosso país terá acesso e participação no desenvolvimento dos aviões. Exemplo disso é a produção de peças no Brasil que já está andamento, ou então a produção de alguma unidades em território nacional.