Com os recentes casos de turbulências em voos comerciais, mostramos quais as rotas com as maiores turbulências do mundo
Por Micael Rocha Publicado em 04/07/2024, às 10h53
As recentes situações de turbulências severas, onde passageiros e tripulantes ficaram feridos, chamou a atenção do público geral sobre uma condição de voo que ainda gera temor em pessoas não acostumadas ou que tenham medo de voar.
Os voos com perturbações atmosféricas são as principais causas de acidentes ou incidentes a bordo, especialmente com passageiros que insistem em não utilizar o cinto de segurança enquanto permanecem sentados.
Recentemente, dois casos chamaram a atenção no mundo, o primeiro deles, ocorrido com um voo da Singapore Airlines, em um voo entre Londres e Singapura, que resultou em uma pessoa morta e sete pessoas gravemente feridas. Na ocasião um Boeing 777, que voava no espaço aéreo tailandês, encontrou uma região com turbulência severa, o que resultou em severos danos a bordo. A aeronave pousou em emergência médica em Bangkok, na Tailândia, no último dia 21.
Poucos dias depois, no domingo (26), um Boeing 787 Dreamliner, da Qatar Airways, também passou por uma região com a presença de forte turbulência, na rota entre Doha e Dublin, onde doze pessoas, entre passageiros e tripulantes, sofrerem ferimentos em decorrência da turbulência encontrada sobre a Turquia.
Embora possuam tecnologia de última geração, os aviões comerciais não conseguem detectar algumas das formas de turbulências possíveis, pois muitas delas sequer são captadas pelo radar. Nestes casos, os pilotos podem usar cartas para uso em rota (como as chamadas SigWX) que trazem a previsão dos locais com maiores probabilidades de turbulências moderadas ou severas, mas sem o local e hora exata que os eventos ocorrerão.
No entanto, há certas rotas ao redor do globo que a ocorrência de turbulências moderadas ou severas são praticamente constantes. Por isso, sites como o “Turbli” realizou um levantamento com classificação, compilando 150 mil rotas e usando dados de agências meteorológicas dos governos do Reino Unido e dos EUA para a construção dos locais mais turbulentos do mundo.
Para a realização do estudo, o site informa que severidade de uma turbulência é medida pela taxa de dissipação de redemoinhos (EDR, na sigla em inglês). Quanto mais alta a taxa de dissipação, mais forte será o fenômeno.
O site não classificou nenhuma rota brasileira com eleado EDR, sendo o Chile e Bolívia os únicos países sul-americanos com dados consideráveis, no caso, justamente o mais extremo do mundo.