Aeronaves são equipadas com sensores e câmeras de última geração e podem fazer voos de mais de 30 horas
Por André Magalhães Publicado em 23/02/2022, às 09h55
A Força Aérea dos Estados Unidos voou com dois modernos drones sobre a Ucrânia em meio às escaladas da tensão na região. Os drones RQ-4 Global Hawk realizaram um longo voo sobre o território ucraniano, analisando importantes pontos de interesse.
Os militares dos Estados Unidos não forneceram muitos detalhes sobre estas recentes operações dos RQ-4 Global Hawk sobre a Ucrânia, mas informou que as “missões demonstram nosso compromisso contínuo com a segurança e proteção na região”, disse um porta-voz da instituição militar.
O veículo aéreo não tripulado (UAV, na sigla em inglês) RQ-4 Global Hawk é uma aeronave de alta tecnologia e capacidades, pode fazer voos de mais de 30 horas, dispõe de modernos sensores e câmeras para missões de espionagem, além de ter um teto operacional de 60.000 pés.
No aplicativo de rastreamentos de voo Flight Radar 24, é possível notar que pelo menos um Global Hawk sobrevoou o território ucraniano vindo da direção do Mediterrâneo, o que sugere a localização de partida do veículo aéreo não tripulado UAV.
#FORTE11 has now been airborne for more than 21 hours.https://t.co/NpLIZTtQH9 pic.twitter.com/U8Dt4408Fh
— Flightradar24 (@flightradar24) February 16, 2022
A estratégica aeronave produzida pelo fabricante Northrop Grumman pode custar US$ 222 milhões. Em 2014, um recorde foi quebrado depois que um Global Hawk realizou um voo de 34 horas sem a necessidade de reabastecimento.
Desde novembro passado, a situação entre a Rússia e a Ucrânia tem sido o principal assunto internacional e rende muita preocupação. Ao longo dos últimos meses, muita coisa aconteceu: com alegações (do ocidente) de um conflito direto entre a Rússia e a Ucrânia, bem como grandes exercícios militares do lado russo.
Nesta segunda-feira (21), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu reconhecer a independência das regiões separatistas e pró-russas de Donetsk e Luhansk. Após a assinatura do decreto, Putin ordenou que seus militares seguissem para os locais a fim de garantir uma missão de “manutenção de paz”.
A Ação da Rússia provocou uma reação da Otan (Organização do Tratado do Atântico Norte), dos Estados Unidos e de outros países, que já anunciaram algumas sansões econômicas à Rússia. Isso pelo motivo de que a Ucrânia e as demais nações ainda reconhecem as regiões separatistas como território ucraniano.
Moscou disse que a presença de militares na região é para manter a paz e que o país está aberto para a diplomacia.