Maior fabricante do continente europeu confirma desligamento de 15.000 empregados
Por Gabriel Benevides Publicado em 10/07/2020, às 17h30 - Atualizado às 17h49
França deverá ser um dos países com maior número de funcionários demitidos pela Airbus
A Airbus anunciou oficialmente os planos para demissão de aproximadamente 15.000 funcionários, como uma tentativa de reequilibrar sua força de trabalho a nova realidade imposta pela covid-19.
Conforme adiantou AERO Magazine, a redução deverá impactar principalmente as unidades da Alemanha e da França, países que concentram a maior parte das operação industrial e de desenvolvimento da Airbus.
O consórcio europeu afirma que decisão servirá para salvaguardar o seu futuro diante da crise sem precedentes do coronavírus, que reduziu drasticamente o número de encomendas e entregas. A Airbus encerrou junho com o segundo mês consecutivo sem registrar nenhum novo pedido, impactando fortemente o planejamento para 2020.
Com a decisão, o principal fabricante do continente europeu espera reduzir quase 15.000 postos de trabalho até o ano que vem. As negociações com representantes trabalhistas estão em fase avançada, devendo concluir em breve a formalização dos termos da condução do processo.
Nos últimos meses, a atividade envolvendo aeronaves comerciais caiu cerca de 40%, com muitas empresas aéreas em todo o mundo postergando e cancelando diversas encomendas e entregas.
A Airbus também não espera que o movimento de passageiros se recupere totalmente a níveis pré-pandemia antes de 2023, com a possibilidade de total recuperação apenas em 2025. Atualmente o consórcio europeu planeja tomar medidas adicionais para refletir as perspectivas da indústria após o coronavírus.
A redução da força de trabalho deverá contemplar praticamente todas as unidades da Airbus na Euorpa, atingindo os seguintes países:
• 5.000 postos na França
• 5.1000 postos na Alemanha
• 900 postos na Espanha
• 1.700 postos no Reino Unido
• 1.300 postos em outros países que prestam serviços para a Airbus
Os cortes afetam também afetam as subsidiárias da Airbus Stelia na França e o Premium AEROTEC na Alemanha.