EUA aprova prazo para mudança na nacele do motor do Boeing 737NG

Cronograma apresentado pela Boeing para mudanças estruturais nas naceles dos motores do 737NG foi aprovado pelos reguladores dos EUA

Por Wesley Lichmann Publicado em 20/09/2023, às 14h30

Nova estrutura vai aumentar segurança do 737NG - Boeing

A administração civil de aviação civil dos Estados Unidos (FAA), aprovou os prazos propostos pela Boeing para modificar as estruturas das naceles que revestem os motores da família de aviões 737 Next Generation (NG).

O conograma apresentando pela Boeing aos reguladores norte-americanos estabelece um prazo para que as operadoras concluam as modificações determinadas nas naceles dos motores CFM56 até 31 de julho de 2028.

A resolução também determina um período para que a fabricante entregue um plano de manutenção vinculado ao redesenho da estrutura que protege os motores, para mitigar possíveis problemas operacionais.

A Boeing finalizará os detalhes e emitirá os boletins de serviço até o final de 2024. As alterações serão aplicadas em todas as cinco versões da família 737NG; -600, -700, 800, -900 e -900ER. 

Todo o processo de retrabalho, bem como as novas determinações aguardam certificação. Em resposta a AERO Magazine, a FAA diz que "não comentamos projetos de certificação aberto." Procurada, a Boeing não quis comentar.

Entre as mudanças nas naceles usadas nos motores CFM56 estão: reforço estrutural; redesenho dos bicos de exaustão; alterações nos parafusos, fixadores e componentes maiores e mais fortes. 

Maior operadora do 737NG na América Latina, a "Gol informa que a modificação citada é uma determinação do FAA (Autoridade Aeronáutica Americana) para todos os operadores mundiais de aeronaves 737-700 e 737-800. A Gol cumpre com todas as determinações das autoridades aeronáuticas, tanto do Brasil quanto dos EUA, e executará essa modificação de acordo com as orientações da Boeing."

Embora o motor seja produzido e fornecido pela CFM International, o desenho do projeto do revestimento que protege o motor é de responsabilidade da Boeing.

A alteração da estrutura visa impedir que após uma eventual quebra de lâminas do fan, objetos perfurantes e em alta velocidade ultrapasse o espaço onde está alojado o motor e atinja a fuselagem, como ocorreu no voo WN1380, da Southwest Airlines, em 17 de abril de 2018.

Na ocorrência uma falha catrastrófica no motor levou ao despalhetamento e a colisão de peças em alta velocidade contra a aeronave. Fragmentos do motor chegaram a entrar no avião causando a morte de uma passageira e ferindo outras sete pessoas.

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