AERO Magazine
Busca

Em motores do A320 e 737

Peças falsas em motores deixarão dezenas de aviões fora de serviço

Fornecedora britânica falsificava documentos para vender peças dos motores que equipam o Airbus A320 e Boeing 737


CFM56 é um dos motores mais vendidos da aviação - Divulgação
CFM56 é um dos motores mais vendidos da aviação - Divulgação

A CFM International disse hoje (20), durante audiência no Supremo Tribunal de Londres, que peças falsas identificadas nos motores que equipam boa parte da frota de Boeing 737NG e Airbus A320ceo, podem deixar até 96 aviões comerciais fora de serviço.

Os componentes falsos fornecidos pela empresa britânica AOG Technics foram identificados em julho passado, depois que técnicos suspeitaram que as peças pareciam ser usadas. Depois de uma minuciosa análise na documentação foi descoberto que a empresa falsificava dados.

O problema de qualidade afeta uma pequena fração dos cerca de  23.000 motores CFM56 atualmente ativos na frota de aviões comerciais. A CFM é uma empresa formada por uma parceria entre a General Eletric e a francesa Safran.

De acordo com Matthew Reeve, advogado da CFM, a fornecedora tinha um esquema sofisticado de larga escala para produzir certificados que permitiam a aprovação dos reguladores em escala global.

A Autoridade de Aviação Civil britânica (CAA), auxilia as investigações na corte. Os representantes da AOG dizem que a empresa está cooperando totalmente com as diligências do processo.

Companhias aéreas como Southwest Airlines, United Airlines e Virgin Australia, já encontraram peças falsas nos motores de seus 737. As três companhias já realizaram os reparos em seus aviçoes, que retornaram ou vão retonar a malha em breve.

Diversos problemas em motores de distintas fabricantes tem afetado a capacidade das companhias aéreas, em meio a recuperação do setor.

Diante da escassez na cadeia de suprimentos, falta de mão de obra especializada, os problemas nos motores, peças, componentes e fuselagens estão sendo registrados de forma recorrente nos últimos meses, em meio a retomada das viagens aéreas.

Por Wesley Lichmann
Publicado em 20/09/2023, às 11h35


Mais Notícias