Empresas cancelam voos para o Irã e Iraque após queda de avião em Teerã

Voos com destino aos dois países ou que sobrevoariam seus respectivos espaços aéreos foram suspensos ou alterados

Por Gabriel Benevides Publicado em 10/01/2020, às 16h00 - Atualizado às 18h43

Diversas companhias aéreas estão suspendendo ou alterando voos para o Irã e o Iraque

O grave acidente com o avião ucraniano, possivelmente abatido por um míssil por uma falha no sistema antiaéreo do Irã, levou diversas companhias aéreas a cancelarem, por tempo indeterminado, todos os voos para o Irã e ao Iraque.

Entre as principais empresas estão as europeias Lufthansa, LOT, Air France e KLM, assim como Emirates e Flydubai. O cancelamento envolve inclusive voos sobre o espaço aéreo dos dois países, agora considerados de alto grau de risco. A medida foi tomada algumas horas após ataques do Irã às bases dos Estados Unidos.

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 "Por medida de precaução e diante do anúncio de ataques aéreos em curso, a Air France decidiu suspender, até nova ordem, qualquer voo sobre os espaços iraniano e iraquiano", disse um porta-voz da empresa.

Segundo a Air France, os planos de voos foram ajustados em tempo real em função das decisões das autoridades francesas e de outros países, com o objetivo de garantir o mais alto nível de segurança dos voos.

Monitoramento do FlightRadar24 mostra que voo 600 da Lufthansa foi cancelado após já ter decolado

A alemã Lufthansa afirmou que a suspensão está válida “até nova ordem", para todos os seus voos para Irã e Iraque. O voo LH600 foi suspenso mesmo após já ter decolado de Frankfurt, na Alemanha, com destino a Teerã, capital do Irã. O voo retornou e foi oficialmente cancelado. De acordo com a empresa, contornar as zonas aérea iraniana e iraquiana fará com que os voos fiquem mais longos.

Outra companhia que optou por novas rotas, evitando o espaço aéreo dos dois países foi a polonesa LOT, que realiza voos para Índia, Singapura, Sri Lanka e Tailândia.

A as autoridades de aviação civil dos Estados Unidos (FAA), proibiu todos os aviões civis norte-americanos de sobrevoarem o Irã e a região do Golfo, alegando intensificação de atividades militares e tensões políticas crescentes, que apresentam um risco inadvertido a operações da aviação civil.

Além das empresas europeias, a expectativa é que empresas dos Emirados Árabes, Bahrein, Egito e Austrália, anunciem a suspensão de seus voos para a região e adaptem suas rotas para garantir a segurança da operação.

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