Falta de espaço obriga fabricante a improvisar novas áreas de armazenamento
Por Edmundo Ubiratan | Imagens: Divulgação Publicado em 26/06/2019, às 15h11 - Atualizado às 18h57
A Boeing passou a utilizar um de seus estacionamentos dedicado a automóveis para guardar os novos 737 MAX que continuam sendo produzidos. Recentemente a AERO Magazine publicou com exclusividade a imagem aérea da unidade de Renton, onde praticamente todos os pátios disponíveis estavam ocupados.
Parte das aeronaves estavam sendo transladadas para a unidade da Boeing em San Antonio, no Texas. Contudo, a falta de espaço obrigou o uso de parte do estacionamento de veículos do Boeing Field (KBFI), nos arredores de Seattle.
Embora a operação esteja proibida em todo o mundo, o fabricante optou por manter ativa a linha de produção, visando não atrasar ainda mais as entregas e nem comprometer a cadeia de fornecedores. Ainda assim, em abril a Boeing reduziu a produção mensal de 52 aeronaves para 42.
Imagens aéreas da rede de televisão King5 News, mostram os pátios das unidades de Renton e Boeing Field, sem espaço para armazenagem de novas aeronaves. A solução emergencial foi utilizar parte dos estacionamentos dedicados a automóveis para armazenagem. Todavia, o piso de uma área destinada a movimentação e estacionamento ode aviões é preparado para suportar o grande peso por metro quadrado, o que inclui reforços no subleito e pavimentação especial. Sem estes preparos o chão pode ceder, afundando parcialmente. O recurso empregado pela Boeing está no uso de placas de aço posicionadas sob o trem de pouso, permitindo melhor distribuição do peso da aeronave. Com a previsão da retomada dos voos m meados de agosto ou início de setembro, a Boeing ainda deverá produzir mais de 120 aeronaves antes de iniciar o processo de entrega.
Atualmente a Boeing tem gasto aproximadamente US$ 2.000 mensais para manter cada avião estacionado, visto que as aeronaves devem ser mantidas em condições operacionais. Além disso, um dos temores é que alguns aviões já estejam na fase considerada de estocagem de longa permanência, que existe uma revisão extra antes da aeronave seja considerada apta a entrar em serviço.