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A produção tem que continuar

Fábrica da Boeing fica sem espaço para armazenar o 737 MAX

Aeronaves recém produzidas estão sendo enviadas para o Texas


Pátio da Boeing não possui mais espaço para armazenar os 737 MAX | Foto: Ana Ottati

O pátio da unidade da Boeing, em Renton, saturou suas posições de estacionamento após a proibição de voos da família 737 MAX e a estrategia de continuidade na produção das aeronaves.

Sobrevoando a planta de Renton, próxima a Seattle, é possível observar dezenas de 737 MAX a espera da entrega. Apenas um dos pátios possui mais de 50 aeronaves estacionadas.

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Por uma questão de logística industrial a Boeing manteve a produção do 737 MAX, ainda que reduzindo a cadencia para 42 aviões mensais. O objetivo é manter o mínimo de impacto possível em toda a complexa e cara logística de produção. Caso o processo seja interrompido poderá causar atrasos sem precedentes na retomada da produção, além de comprometer a delicada cadeia de fornecedores. Uma paralização prolongada afetaria centenas de fabricantes subcontratados por outra centena de fornecedores da Boeing, podendo criar um efeito cascata com resultados catastróficos.

Por não contar com mais espaço em sua unidade em Renton, a Boeing foi obrigada estocar os 737 MAX em outras de suas plantas industriais. Atualmente os aviões recém saidos da fábrica estão voando para San Antonio, no Texas. Ainda que o modelo esteja proibido de voar com passageiros, a regra não se aplica a voos de traslados, o que permite a fabricante se adaptar as condições atuais.

A unidade de San Antonio é um dos maiores complexos da Boeing destinado a serviços de MRO (maintenance, repair and overhaul), atendendo especialmente a contratos para o cargueiro C-17 Globemaster III e o caça F/A-18 Hornet.

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Por Ana Ottati, de Seattle | *Especial para AERO Magazine
Publicado em 27/05/2019, às 00h00 - Atualizado às 00h53


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