Bombardeiro B-2 Spirit, o avião mais caro do mundo, testa nova bomba nuclear B61-12
Por André Magalhães Publicado em 08/07/2022, às 14h00
A Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf,na sigla em inglês) divulgou imagens dos testes de manejo com a bomba nuclear B61-12.
O ensaio envolveu o armazenamento do artefato atômico no porão de armas de um bombardeiro furtivo B-2A Spirit, o avião mais caro do mundo, avaliado em mais de US$ 2 bilhões, cada.
Apesar de não conter explosivos, sendo uma bomba inerte, a B61-12 pode conter ogivas nucleares ou convencionais, dependendo do uso pretendido. O armamento irá substituir as bombas B61-7 e B61-11, também usadas no B-2A.
Não foram repassados detalhes em relação aos testes entre a nova bomba e o bombardeiro furtivo. Todavia, uma das informações mais recentes afirmam que a B61-12 pode ser guiada pelo Sistema de Navegação Inercial (INS), da Boeing, considerado de elevada precisão.
É esperado que, em breve, ocorra os primeiros voos de lançamento da B61-12, com os B-2 Spirit, ampliando assim o números de aviões com capacidade de transportar a nova bomba. Os testes serão conduzidos com a bomba inerte, ou seja, sem qualquer tipo de carga explosiva. A intenção é avaliar o comportameno dinâmico da arma, assim como a integração dos sistemas com o avião.
Em um teste ocorrido em novembro de 2020, a bomba foi lançada por F-35A a uma altitude de 10.500 pés (3.150 metros) e demorou aproximadamente 42 segundos para atingir o alvo designado.
Os testes com a nova bomba nuclear são considerados fundamentais para avaliar a capacidade de emprego do armamento com o avião escolhido para a missão.
“Um sistema de lançamento de armas nucleares [inclui] a plataforma e o veículo de lançamento pelo qual uma arma nuclear é entregue ao alvo pretendido, [que acontece] no caso de uso autorizado (pelo Presidente dos Estados Unidos, que detém autoridade exclusiva para empregar armas nucleares)", explicou a Usaf nota oficial.
Os testes atuais ocorrem em meio aos testes de lançamento Mísseis Bablísticos Intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês) por países como a Rússia e a Coreia do Norte.
Os EUA também deverão testar em breve o seu novo ICBM LGM-30G Minuteman III, mas devido as tensões diplomáticas com Moscou o lançamento foi cancelado. As capacidades em destaque inclui a velocidade hipersônia de 24.000 km/h e o alcance estimado em 9.600 km.