Avião cargueiro errou o destino e pousou em aeroporto em obras

Pilotos da Ethiopian Cargo confundiram a pista devido a proximidade dos terminais

Por Marcel Cardoso Publicado em 05/04/2021, às 09h00 - Atualizado às 10h47

Trabalhadores da obra do novo aeroporto alertaram a tripulação sobre o equivoco 

Um voo cargueiro pousou por engano em um aeroporto em obras, quase dezesseis quilômetros do destino correto. Trabalhadores da construção gravaram a aeronave taxiando na área ainda em obras e decolando em seguida.

O caso envolveu um Boeing 737-800F da Ethiopian Cargo partiu de Addis Ababa (ADD), capital da Etiópia, com destino a Ndola (NLA), segunda maior cidade de Zâmbia, mas acabou errando o aeroporto.

No canto direito o atual aeroporto de Ndola e no lado esquerdo as obras avançadas do novo terminal | Imagem: Google

Ainda que a Ethiopian Airlines seja considerada uma das mais seguras empresas aéreas do mundo, no mesmo dia outro avião, desta vez com passageiros, fez aproximação por engano para o local. Funcionários da obra sinalizaram no solo para a tripulação que teve tempo de arremeter e pousar em segurança no internacional de Ndola, minutos depois.

O novo aeroporto internacional da província de Copperbelt, será inaugurado este ano com uma pista de 3.500 metros e substituirá NLA, com duas pistas paralelas de 1.215 e 3.215 metros.

Chama atenção dois voos errarem o mesmo destino, porém, os aeroportos possuem coordenadas geográficas próximas e existe um controle de voo deficiente na cidade. No Brasil e em outros países, como nos Estados Unidos, aviões já erraram o aeroporto correto.

Um Boeing 737-800F da Ethiopian Cargo pousou por engano em um aeroporto em obras, na cidade de Ndola, na Zâmbia pic.twitter.com/9nGiXH3QnY

— AERO Magazine (@Aero_Magazine) April 5, 2021

Um dos casos mais notórios foi um 747 Dreamlifter, utilizado pela Boeing no transporte de componentes de seus aviões, que errou o aeroporto, pousando um uma pista muito menor do que a correta.

O erro aponta possíveis deficiências em uma série de aspectos operacionais, podendo incluir falta de informação nas cartas de navegação, controle ineficiente, fadiga dos pilotos, entre outros.