Agência que estuda fenômenos meteorológicos nos EUA enviou um P-3 Orion para captar informações da tempestade; assista
A NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), a agência norte-americana para estudos de fenômenos meteorológicos e oceânicos, enviou um dos aviões de sua frota para circundar o furacão Matthew, que chegou aos Estados Unidos depois de devastar ilhas do Caribe. O quadrimotor Lockheed P-3 Orion se aproximou até quase adentrar no furacão para captar informações, funcionando como um centro de pesquisas “voador”. As imagens em vídeo divulgadas pela NOAA mostram o momento em que o avião enfrenta muita turbulência antes de atingir o topo do furacão, permitindo aos ocupantes observar o fenônomeno de cima.
O furacão “Matthew”, originado de uma tempestade no Sul de Porto Rico, chegou nesta sexta-feira na costa da Flórida, depois de deixar mais de 470 mortos apenas no Haiti. Durante sua passagem no estado norte-americano, cerca de 140.000 casas e empresas ficaram sem energia elétrica.
A maior universidade aeronáutica do mundo, a Embry-Riddle Aeronautical University cancelou todas as atividades, evacuou os alojamentos com auxilio do Exército da Salvação e realocou alunos e professores num abrigo onde não há previsão de destruição pelo Matthew. Na quinta-feira (06), a universidade também realizou uma das maiores operações aéreas em razão do fenômeno meteorológico, quando deslocou mais de 65 aeronaves de sua frota de instrução para outro estado, ao mesmo tempo.
Além de causar severos estragos no Haiti, o furacão também passou por Jamaica, Cuba, República Dominicana e Bahamas. Durante seu deslocamento, ele ganhou força e, de acordo com as autoridades norte-americanas, o estado de alerta é alto.
A estimativa é que, ao longo do dia, Matthew percorra uma distância de 965 quilômetros, desde a costa de Boca Raton até o norte de Charleston, na Carolina do Sul. Ainda de acordo com os estudos, este é um dos furacões mais fortes e com maior capacidade de deslocamento desde 1898, por isso, ordens de evacuação já foram emitidas para as cidades de Jacksonville, Flórida, Savannah e Geórgia.
Por Oswaldo Gomes
Publicado em 07/10/2016, às 14h30 - Atualizado em 10/10/2016, às 16h34
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