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Regras padronizadas

Viagens internacionais dependem de protocolos padronizados

Setor aéreo estabelece sugestões para agilizar e facilitar a vida de passageiros ao redor do mundo


Aibus A350 da Japan Airlines

Atualmente mais de 100.000 protocolos referentes a covid-19 existem ao redor do mundo | Foto: Divulgação.

A retomada das viagens internacionais ainda segue incerta após a criação de protocolos individuais por países, sem uma unificação de procedimentos e requisitos. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) pediu aos governos que adotem medidas simples, previsíveis e práticas para facilitar a aceleração da volta das viagens internacionais com segurança e eficiência.

O documento publicado pela Iata, o From Restart to Recovery: A Blueprint for Simplifying Travel (Da retomada à recuperação: um plano para simplificar as viagens, em tradução livre), elenca três áreas principais que devem ser globalmente coordenadas:

  1. Protocolos de saúde simples
  2. Soluções digitais para processar as credenciais de saúde
  3. Medidas de covid-19 proporcionais aos níveis de risco, com revisão contínua

"Como os governos estão estabelecendo processos para reabrir as fronteiras, de acordo com os compromissos assumidos na Declaração Ministerial da Conferência de Alto Nível da Icao sobre a covid-19, o documento Blueprint os ajudará com boas práticas e considerações práticas”, disse Conrad Clifford, diretor geral adjunto da Iata.

O Blueprint, nome inspirado na planta que leva ao projeto de aviões, automóveis, entre outros, tem como objetivo facilitar a conectividade com eficiência global. Um dos problemas atuais é a falta de uma padronização e regras claras.

“Devemos ter processos em vigor para gerenciar com segurança e eficiência o aumento das viagens internacionais com a reabertura das fronteiras. Com mais de 18 meses de experiência operacional sofrendo o impacto da pandemia e feedback dos viajantes, sabemos que é essencial o foco na simplicidade, previsibilidade e praticidade. Essa não é a realidade hoje”, explicou Clifford.

Atualmente cada cidade ou aeroporto adota um procedimento, criando um sem fim de regras globais. “Mais de 100 mil medidas relacionadas à covid-19 foram implementadas por governos do mundo inteiro. Essa complexidade é uma barreira para a mobilidade global, que se agrava com as inconsistências que essas medidas criaram entre os estados”, alertou Clifford.

Caso os países adotem protocolos de saúde simplificados, será possível viajar com medidas consistentes e previsíveis. A Iata recomenda eliminar todos os obstáculos às viagens, incluindo quarentena e teste, para os passageiros totalmente vacinados com vacinas aprovada pela OMS. A associação ainda deseja que os passageiros não vacinados, mas com teste antígeno negativo, também sejam dispensados da quarentena. A Iata destaca que o risco zero é inviável e pouco eficiente, sem demonstrar na prática a eficiência da medida pelos país que adotaram.

Uma pesquisa realizada pela associação mostra que 80% dos viajantes acreditam que as pessoas vacinadas devem poder viajar livremente; que outros 81% acreditam que o teste antes da viagem é uma alternativa aceitável à vacinação; e por fim, 73% acreditam que a quarentena não é necessária para viajantes vacinados.

Entre as recomendações feitas pela Iata estão a criação de uma credencial de saúde digital para registrar o estado de saúde. O estabelecimento de um portal na web ou aplicativo digital por meio do qual os passageiros podem enviar suas credenciais de saúde para viagens diretamente aos respectivos governos para verificação, que estará atrelado a uma plataforma que forneça explicações claras sobre os requisitos de entrada adaptados ao status de residência de cada passageiro, estado de saúde, histórico de viagens e qualquer outra variável necessária.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 24/11/2021, às 14h40 - Atualizado às 15h59