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EUA vão modernizar sistemas de freios dos bombardeiros B-52

Veterano avião deverá passar por um complexo processo de melhorias ao longo da década


Boeing B-52H

Frota de bombardeiros B-52 ainda devem receber novos motores até o final dos anos 2020

A força aérea dos Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês) anunciou que seus lendários bombardeiros B-52 vão receber um novo conjunto de freios. A intenção é desenvolver um sistema mais leve, capaz e com maior vida útil, que o projeto original.

A Usaf selecionou a Collins Aerospace para projetar e desenvolver uma nova roda e o conjunto de freio de carbono para atualizar 77 aeronaves ainda em serviço.

Para esta tarefa, a Collins usará a sua tecnologia Duracarb de dissipação de calor para aumentar a vida útil e reduzir o desgaste, ajudando melhorar o tempo de manutenção e manter sob controle o custo operacional. A intenção é ainda aumentar o tempo de disponibilidade da aeronave, evitando paradas para substituição dos freios, que demandam várias horas de trabalho.

A capacidade da Duracarb foi projetada para lidar com cargas de energia térmica mais altas durante a frenagem da aeronave, garantindo a margem securitária caso o B-52 necessite fazer paradas emergenciais com grande peso embarcado, especialmente importante quando o avião aborta a decolagem com seu máximo peso de decolagem (Mtow, na sigla em inglês).

A Usaf também trabalha em um processo de atualização dos motores do B-52, que devem ser substituídos por uma nova geração, provavelmente derivados dos modernos propulsores usados na aviação de negócios.

Atualmente a força aérea tem um gasto considerável para manter os obsoletos motores TF-33, principalmente por se tratar de oito unidades por avião, que ainda estão próximos do limite máximo de vida útil de todo o conjunto.

Atualmente disputam o contrato a Pratt & Whitney, com o motor PW800, utilizados nos recém-lançados Gulfstream G500 e G600, a General Electric com os motores CF34-10, iguais aos instalados na família E-Jet da Embraer, e por fim, a Rolls-Royce com os motores BR700, que equipam os Bombardier Global Express, Gulfstream 550 e Boeing 717.

O B-52 está próximo de completar 70 anos de operação, se tornando o mais antigo avião militar em serviço no mundo. A Usaf planeja utilizar a frota atual ao menos até meados de 2040, quando as aeronaves terão quase 90 anos de idade.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 14/04/2021, às 15h00 - Atualizado às 19h02


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