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Estudos sobre a deriva no agro

UnB divulga estudo sobre segurança da pulverização agrícola

Pesquisa avalia a deriva e uma faixa segura na aplicação aeroagrícola


Estudo realizado pela Universidade de Brasília tem como foco a deriva e faixa de segurança na pulverização aeroagrícola - Divulgação
Estudo realizado pela Universidade de Brasília tem como foco a deriva e faixa de segurança na pulverização aeroagrícola - Divulgação

A Universidade de Brasília (UnB) apresentará na quarta-feira (20) o resultado de um estudo sobre a segurança nas aplicações aéreas em lavouras brasileiras com foco na deriva. O levantamento analisou mais de 400 operações realizadas em catorze estados, abrangendo todas as regiões do País.  

Intitulado *Deriva e Faixa de Segurança na Pulverização Aeroagrícola*, o estudo foi conduzido pelo Núcleo de Estudo em Atividades Aeroagrícolas (Neaagri), que utilizou dados coletados entre 2018 e 2023. Segundo a coordenadora do Neaagri, Maisa Santos Joaquim, a pesquisa combina dados técnicos e uma revisão abrangente de literatura nacional e internacional.  

Os resultados dos estudos mostraram que a média de deriva ficou dentro de vinte metros, com um caso isolado chegando a 45 metros, abaixo dos limites legais de segurança, que variam entre 250 e 500 metros para áreas residenciais e ambientais.

Esses dados foram obtidos por meio de auditorias técnicas em aeronaves, com avaliação de precisão nas aplicações para minimizar perdas e otimizar a cobertura da lavoura.  

A coordenadoria do Neaagri revelou também que a próxima etapa envolve o desenvolvimento de uma metodologia própria para prever a deriva com base em variáveis como velocidade do vento e altura de voo.

A pesquisa tem como propósito o apoio de operadores e produtores para avançar nessa nova fase, com o objetivo de gerar modelos preditivos para maior controle das aplicações.

Deriva é o movimento lateral do produto aplicado e ocorre em qualquer método de pulverização, seja por avião, drone, trator ou pulverizador costal. Esse fenômeno é influenciado pela temperatura, umidade e velocidade do vento.

Por Micael Rocha
Publicado em 13/11/2024, às 18h00


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