Bombardier encerrou a produção do Learjet quase 60 anos após o primeiro avião ter sido entregue
O último Learjet saiu do hangar da Bombardier, em Wichita, nos Estados Unidos, sendo entregue na sequência para o seu proprietário. A cerimonia de despedida do último exemplar, um Learjet 75, marcou o fim da produção da família de jatos de negócios que popularizou o segmento e teve seu início há quase 60 anos.
A Bombardier optou por tirar de linha o Learjet após uma completa reestruturação de seus negócios, incluindo a venda de unidades da aviação comercial e do setor ferroviário. Com baixa procura há vários anos, o Learjet se tornou pouco atrativo dentro da gama de produtos do fabricante canadense, que concentrou seu portfólio nos jatos médios Challenger e nos grandes da família Global.
O mercado esperava o anúncio para o fim da produção do Learjet dado seu baixo volume de vendas nos últimos anos. Embora ofereça elevado desempenho, sua cabine mais estreita e baixa que os rivais, assim como custos operacionais elevados, tornaram o Learjet pouco atrativo para a maioria dos operadores ao redor do mundo. O modelo passou a sofrer com a concorrência dos Phenom 300, da Embraer, e modelos da Cessna da série Citation CJ renovados.
Ao longo de quase seis décadas foram entregues mais de 3.000 unidades do Learjet em todo o mundo. Por muitos anos o nome Learjet foi sinônimo de jato de negócios e objeto de desejo de empresários e personalidades ao redor do mundo.
Aproximadamente 2.000 aeronaves do modelo ainda estão em serviço, que terão o suporte necessário da Bombardier ao longo de toda a vida operacional.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 29/03/2022, às 16h20
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