Aeroporto de Salvador exporta 105% mais no 1.º semestre de 2025, impulsionado por frutas do Vale do São Francisco e novos voos internacionais
O aeroporto de Salvador registrou um salto de 105% nas exportações de carga aérea no primeiro semestre de 2025, com 3.200 toneladas enviadas ao exterior entre janeiro e junho. No mesmo período de 2024, foram exportadas 1.570 toneladas.
O crescimento é atribuído a uma estratégia logística focada na integração com agentes de carga de diversas regiões do Brasil e à otimização das operações comerciais. A mudança na rota dos perecíveis do Vale do São Francisco, antes enviados por terminais como Guarulhos, Viracopos e Fortaleza, consolidou Salvador como nova porta de saída para produtos agrícolas da região.
As frutas cultivadas na Bahia e em Pernambuco — com destaque para manga e mamão — representaram a maior parte das exportações. A infraestrutura do Terminal de Cargas Aéreas (TECA) foi decisiva para absorver essa demanda, reduzindo custos e tempo de escoamento.
Outro fator relevante foi o reforço na malha aérea internacional. A ampliação das frequências da Air France entre Salvador e a Europa aumentou a capacidade de transporte de perecíveis para o mercado externo, aproveitando o espaço de carga disponível nos voos de passageiros.
Segundo Julio Ribas, CEO da Vinci Airports Brasil, empresa que administra o terminal baiano, o desempenho reflete uma atuação proativa do terminal. “A integração logística das cargas do Vale posiciona Salvador entre os principais exportadores do país e fortalece a economia regional”, disse.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 04/08/2025, às 13h48
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