Objetivo é incentivar o mercado doméstico a optar pelo modelo da Irkut
O governo russo prepara uma ofensiva para ampliar a venda do MC-21, o primeiro avião comercial projetado exclusivamente na Rússia, desde o final da União Soviética.
O primeiro ministro russo, Dmitry Medvedev chamou a atenção para o aumento de vendas do MC-21 no mercado interno do país. A solução não tem nada de inovadora, a proposta é criar condições para sua aquisição pelas empresas aéreas domésticas. Desde a dissolução do regime soviético, as principais empresas russas passaram a operar quase exclusivamente com modelos Airbus, Boeing e Embraer.
O protecionismo russo tem seu próprio modus operandi: o governo encoraja as aéreas a se livrar das aeronaves mais antigas, ao mesmo tempo que oferece um desconto nas encomendas para o MC-21. A frota nova vai sendo ampliada, o que por sua vez passa a exigir um mercado de peças e componentes, igualmente, de origem russa.
O protecionismo não deve ser problema com as entidades internacionais, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), visto que Moscou continua sob embargo em diversos pontos econômicos.
No entanto, não existe perspectivas de negócios fora da Rússia, nem mesmo no Irã, tradicional parceiro dos russos. Desde a reaproximação de Teerã com o ocidente, os contratos de renovação da frota civil do país têm sido feitos com produtos da Airbus e Boeing.
Por Ernesto Klotzel
Publicado em 30/06/2017, às 09h12
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