Durante 21 anos, o rei Willem-Alexander pilotou secretamente aviões comerciais
A holandesa KLM (Koninklijke Luchtvaart Maatschappij ou Companhia Real de Aviação) demonstrou recentemente que o “Real” é mais do que justificado.
Em entrevista ao jornal local “De Telegraaf”, o rei Willem Alexander, monarca reinante da Holanda, revelou que, durante mais de duas décadas, pilotou regularmente aviões das subsidiárias da KLM Martinair e Cityhopper.
O rei descreve seu desempenho aeronáutico como um hobby que durou cerca de 21 anos, nos cockpits dos jatos da KLM em voos de curto alcance pela Europa, no posto de copiloto. Ele explicou que aproveitava as viagens bimestrais para se desligar da pressão dos deveres reais, obrigando-o, ao mesmo tempo, a se concentrar somente nas operações do cockpit.
Revelou ainda que está treinando no Boeing 737 que, em breve, deverá substituir seus jatos Fokker 70 na frota KLM Cityhoppper.
O rei voou pela primeira vez há mais de 30 anos, quando ainda estudante. Sua paixão o levou ao Quênia no final dos 1980 onde trabalhou como piloto voluntário, para uma organização de assistência médica (African Medical Research & Education Foundation) e, mais tarde, para o Serviço de Vida Selvagem do Quênia.
Mas o rei da Holanda não é o único personagem real com história no cockpit: o herdeiro do trono britânico, Príncipe Charles é um piloto qualificado e seus dois filhos, William e Harry, pilotaram helicópteros durante suas carreiras militares. O primeiro, em missões de busca e salvamento e, o príncipe Harry, em helicópteros de ataque AH-64 Apache no Afeganistão. E existe um número respeitável e outros exemplos de asas na realeza.
Como copiloto, Willem-Alexander admite que foi fácil manter seu anonimato, pois "sempre posso saudar os passageiros em nome da tripulação e assim não preciso me identificar" declarou o rei, "além do fato de que a maioria dos passageiros não presta mesmo atenção às mensagens de bordo”.
Por Ernesto Klotzel
Publicado em 18/05/2017, às 12h55 - Atualizado às 13h05
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