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Eletrônica ultrapassada

Avião de inteligência britânico é aposentado com apenas 14 anos

Elevado custo para atualização dos sistemas do Sentinel R1 tornaram inviável sua manutenção em serviço


Raytheon Sentinel da RAF em solo

Sentinel é baseado na plataforma do jato de negócios de longo alcance Bombardier Global Express

A Força Aérea Real britânica (RAF, na sigla em inglês) anunciou a aposentadoria com o avião de vigilância terrestre Sentinel R1, que estava em serviço há apenas 13 anos.

As cinco unidades da aeronave, criada pela Raytheon com base no Bombardier Global Express, realizaram mais de 32.300 horas de voo em diversas missões estratégicas em diversos países como o Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia e Mali.

O Esquadrão V (cinco) vai utilizar agora apenas os Boeing Poseidon MRA1 (P-8A) de patrulha marítima e o drone Protector RG Mk1 (MQ-9B).

Ainda que tenha realizado seu primeiro voo em maio de 2004, o Sentinel R1 entrou em serviço operacional apenas quatro anos mais tarde. A aeronave conta com diversos sensores e radares multimodo instalados na fuselagem, com destaque para o sensor principal ventral utilizado para vigilância terrestre.

O Sentinel exibe para os operadores um mapa móvel, com informações do terreno em tempo real, atrelado ao sistema Link 16 de enlace de dados, que permite analisar e gerenciar o campo de batalha.

Com a retirada de serviço anunciada como parte da Análise Estratégica de Defesa e Segurança de 2015, a RAF justifica a aposentadoria pelo alto preço para uma atualização do sistema de missão que se tornou obsoleto, comprometendo a sua confiabilidade, exigindo despesas extras significativas. O custo médio anual para operação dos cinco aviões era na ordem de US$ 76 milhões (R$ 430 milhões).

Com a aposentadoria da primeira unidade, a RAF concluirá a retirada dos outros quatro aviões até o final de março.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 08/03/2021, às 08h00


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