Presidente Vladimir Putin assistiu à demonstração inaugural do exemplar de prova do MiG-35 por videoconferência
O presidente russo, Vladmir Putin, assistiu por videoconferência ao primeiro voo de prova do novo MiG-35. A plataforma de combate baseada no MiG-29M/K deverá contar com capacidade de combate ar-ar, ar-terra e ar-mar, dentro da filosofia atual de multiemprego.
Embora seja uma evolução dos veteranos MiG-29, considerados aeronaves de elevado custo operacional, o novo caça mantém a ampla capacidade de emprego do irmão mais velho, incluindo a grande manobrabilidade e a capacidade de operar em pistas pouco preparadas.
O exemplar de prova é o primeiro capacitado para testes de armas. O primeiro voo de testes ocorreu em 2007, tendo o avião passado por uma extensa campanha de ensaios antes de atingir a maturidade.
Durante a conferência, o presidente Putin saudou os engenheiros russos e mostrou confiança no potencial de exportação do MiG-35, que poderá substituir grande parte da frota mundial de MiG-29, usado em mais de 30 países.
“Tenho confiança que nossos exércitos serão amplamente reforçados por essa aeronave, que possui também um grande potencial de exportação” afirmou Putin.
A expectativa inicial era iniciar a produção em série do MiG-35 em meados do próximo ano, mas alguns atrasos levaram a fabricante russa UAC (United Aircraft Corporation) a postergar o início das entregas para 2019.
O MiG-35 foi projetado para atuar em conflitos de grande intensidade, especialmente em territórios com forte defesa antiaérea. O avião recebeu oito pontos duros de armas, podendo incorporar praticamente a totalidade do arsenal disponível na força aérea russa, inclusive no futuro poderá ser equipado com armas laser, ainda em desenvolvimento.
O MiG-35 deverá ser o último caça da chamada geração 4++, que inclui os Saab Gripen E/F, Dassault Rafale, Eurofighter Typhoon, Boeing F/A-18 E/F e Sukhoi Su-35.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 26/01/2017, às 15h01 - Atualizado em 27/01/2017, às 17h59
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