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Defeito nos motores

Problema no Airbus A320neo afeta maior companhia aérea do México

Volaris reduz previsão de crescimento, enquanto problema no motor deixa dezenas de Airbus A320neo no chão


Mais da metade da frota da Volaris é formada por aviões A320neo - Airbus
Mais da metade da frota da Volaris é formada por aviões A320neo - Airbus

A companhia aérea mexicana Volaris reduziu sua estimativa de crescimento para o ano inteiro de 2023, em meio aos problemas do motores Pratt & Whitney que equipam os Airbus A320neo. 

No terceiro trimestre, a maior empresa aérea do México reportou prejuízo de US$ 39 milhões, com uma redução de capacidade provacada pela manutenção não programada de 16 aviões da família A320neo, resultando em perdas estimadas em US$ 18 milhões.

Embora tenha registrado problemas operacionais, as receitas no período totalizaram US$ 848 milhões, alta de 10% na comparação anual. 

A transportadora espera crescer 10% no ano inteiro de 2023, frente previsão anterior de 13%. O corte na oferta ocorre devido as inspeções e remoções dos motores do A320neo, além da redução das autorizações de pousos e decolagens no aeroporto da Cidade do México.

A companhia disse que está "trabalhando em estreita colaboração com a Pratt & Whitney para obter suporte técnico necessário e compensação financeira para os motores afetados".

A Volaris possui atualmente 16 aviões da família A320neo parados, aguardando ou passando por reparos, ou o equivalente a cerca de 13% da frota de 126 aviões. Deste total, 73 aeronaves eram da nova geração do jato de fuselagem estreita da Airbus.

Para atender a demanda, os contratos atuais de 18 A320 com vencimentos até 2025, serão estendidos junto aos arrendadores.

O problema nos motores PW1100G é resultado de uma contaminação no pó metálico utilizado na produção de certas peças do equipamento. Segundo recente atualização da Pratt & Whitney, entre 600 a 700 motores serão removidos para inspeção nos próximos três anos.

A fabricante afirma que a medida também será adotada nos aviões A220 e Embraer E2, mas ressalta que o impacto nessas frotas será mínimo.

Por Wesley Lichmann
Publicado em 27/10/2023, às 16h05


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