45 anos depois do primeiro voo, alguns McDonnell Douglas MD-80 ainda estão em operação pelo mundo
Há exatos 45 anos, em 18 de outubro de 1979, o McDonnell Douglas MD-80 realizou seu primeiro voo. A aeronave foi certificada cerca de dez meses depois e a Swissair, cliente de lançamento, recebeu a primeira unidade em 13 de setembro de 1980.
O MD-80 foi inicialmente chamado de DC-9 Super 80. Segundo a imprensa norte-americana, este nome inicial surgiu após um discurso de um executivo da McDonnell, que se referiu ao modelo como um "super avião para os anos 80".
Embora a designação oficial tenha permanecido como DC-9, para reduzir custos de certificação, o novo prefixo "MD" foi utilizado entre parênteses, como em DC-9-81 (MD-81), DC-9-82 (MD-82), DC-9-83 (MD-83) e DC-9-87 (MD-87). Apenas a versão final, o MD-88, foi certificada oficialmente com o prefixo MD.
O programa foi lançado em outubro de 1977 e contou com motores Pratt & Whitney JT8D-200, que proporcionavam um empuxo de 18.500 libras e uma velocidade superior a 800 km/h. A série MD-80 foi desenvolvida com uma configuração de assentos 3-2. A produção foi realizada pela McDonnell Douglas até agosto de 1997, quando a Boeing assumiu o controle da empresa.
O modelo introduziu diversas inovações tecnológicas, como os displays EFIS, painel de controle de orientação de voo montado no para-brisa, sistema de autotrottle, e um sistema de autoland. A aeronave também incluía dois computadores autônomos de orientação de voo digital.
Apesar de a designação oficial como MD-80 só ter ocorrido em 1983, o avião já era amplamente conhecido como "Mad Dog". Esse apelido foi dado com base nas iniciais "MD" e no som alto emitido pelos motores durante a decolagem. Além disso, o avião exigia controle manual completo dos pilotos durante decolagens e pousos, diferenciando-se de aviões mais automatizados.
A série MD-80 competiu com o Boeing 737 Classic e, posteriormente, com a família Airbus A320ceo. Em 1995, o MD-90 foi introduzido, apresentando motores turbofan IAE V2500. O MD-95, posteriormente renomeado como Boeing 717, era uma versão mais curta do MD-90, equipado com motores Rolls-Royce BR715.
O fabricante norte-americano entregou quase 1.200 unidades antes de encerrar a produção, em 1999. Atualmente, cerca de cem unidades dos "Mad Dogs" continuam em operação em diversas partes do mundo.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 18/10/2024, às 14h58
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