FAB cria grupo de trabalho para repassar a doutrina aprendida na Suécia
Após voarem por cinco meses o Gripen C, os capitães Gustavo Pascotto e Ramón Fórneas retornam ao Brasil com uma nova missão. Repassar aos outros pilotos de caça a doutrina aprendida na Suécia.
Durante o período que voaram no F 7 Skaraborgs Flygflottilj, da Flygvapnet (força aérea da Suécia), os aviadores tiveram acesso a doutrina do Gripen, incluindo aulas teóricas, voo em simulador e operação real de voo, com novas metodologias de emprego e de instrução.
Entre as missões mais importantes do período estiveram dois deslocamentos para a ilha de Gotland, no extremo leste da Suécia, próximo ao Mar Báltico, área considerada estratégica para a Suécia. “Ali tivemos a oportunidade de realizar uma missão de interceptação supersônica em pleno Mar Báltico. Essa oportunidade também foi bastante importante”, acrescenta o capitão Gustavo.
O intercambio operacional nesse nível é praticamente inédito na FAB, que revê o último acesso a esse tipo de intercambio na década de 1940. “Foi um ganho operacional significativo, porque vivemos essa oportunidade junto com os pilotos suecos. A troca de experiências foi muito grande”, diz o capitão Fórneas.
Atualmente a III FAE (Terceira Força Aérea) trabalha num grupo de trabalho composto pelos dois capitães e por oficiais de doutrina da aviação de caça, com o objetivo de analisar repassar o aprendizado para os demais pilotos de caça.
O Brasil espera, em meados de 2020, ter o primeiro Gripen NG operacional.
Redação
Publicado em 29/05/2015, às 17h00 - Atualizado às 17h49
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