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Os progressos do homem na Lua

De computadores ao velcro os avanços do programa Apollo


Dia 16 de julho marca dois eventos importantes na história. Nesse dia, em 1974, eu nasci e cinco anos antes, em 1969 a missão Apolo 11 decolava com destino à Lua,

Talvez meu nascimento não seja tão relevante assim, mas naquela manhã a bordo de uma nave montada sobre o foguete Saturno V, de três estágios, 110m de altura, e 2,7 milhões de kg, até hoje um dos maiores já produzidos pelo homem, três astronautas partiam para o que seria um marco na exploração do espaço e na aeronáutica.

O caminho até aquele lançamento foi longo. Ele se inicia na segunda guerra mundial, com o desenvolvimento dos motores foguete, e continua na guerra fria, com os Russos largando em vantagem e colocando o primeiro satélite em órbita antes dos americanos, até que em 1961 o presidente Kennedy propôs uma meta ambiciosa: em menos de 9 anos levar o homem à Lua e traze-lo de volta à Terra a salvo.

A NASA optou por um projeto onde uma nave de comando ficaria orbitando a lua enquanto um módulo desceria até o nosso satélite, essa opção era conhecida como rende-vouz lunar, que foi o padrão das missões Apollo. O projeto teve custo de 26 bilhões de dólares na época, ou 153 bilhões de dólares hoje, e envolveu praticamente todas as áreas do conhecimento.

São mais de 1.500 produtos ou tecnologias que derivam dessa missão, desde itens que hoje fazem parte do nosso dia a dia, como computador transistorizado e os avanços da eletrônica que permitiram seu desenvolvimento, passando pelo velcro, pela comida desidratada (liofilizada) além de tecnologias de filtragem do ar, recuperação de resíduos, soluções de problemas específicos como o cálculo da navegação da nave, como fazer o pouso e, depois a decolagem, na lua, além do próprio desenvolvimento dos motores do Saturno V. O projeto foi marcado pela expansão da fronteira do conhecimento humano.

No dia 20 comemora-se os 50 anos do pouso na lua. De fato, um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade.

Shailon Ian é formado pelo ITA como Engenheiro Aeronáutico, é CEO Vinci Aeronáutica.

Por Shailon Ian, especial para AERO Magazine
Publicado em 16/07/2019, às 20h00 - Atualizado às 20h25


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