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O que farão com o Campo de Marte?

Editorial - Edição 237


O ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil, Moreira Franco, disse que o governo federal concorda com o pedido de desativação do Campo de Marte feito pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. A proposta é acabar com pousos e decolagens de aviões no tradicional aeroporto da Zona Norte da capital paulista para poder construir prédios em seu entorno, deixando-o restrito aos helicópteros. O prazo para que a mudança aconteça parece estar estipulado. Serão dois ou três anos, até que os novos aeródromos privados de Parelheiros e São Roque, além do Aerovale, em Caçapava, tenham entrado em funcionamento. É preciso que fique claro que os atuais operadores do Campo de Marte, civis e militares, rechaçam tal ideia, sobretudo porque serve aos interesses da especulação imobiliária em detrimento da aviação geral em uma metrópole já saturada de edifícios, e sem mobilidade urbana. A queda de braço prossegue.

Prosseguem, também, as dúvidas no mercado de aviação geral sobre a nova categoria LSA. Por isso resolvemos preparar uma reportagem de fôlego sobre o assunto, assinada por nosso colaborador Maurício Lanza. É uma matéria meticulosa, que esclarece o que vai acontecer no mercado de experimentais após a legalização da fabricação de ultraleves, que estará totalmente estabelecida a partir de 2016.

Uma das finalidades dos novos LSA será a instrução. Porém, até que os novos e modernos aviões estejam disponíveis nas escolas de aviação, as opções continuam sendo clássicos como o Paulistinha e o Cessna 152, que são destaque do artigo em que analisamos as principais modelos disponíveis no Brasil para aprender a voar.

Outros dois treinadores estampam as páginas de AERO neste início de 2014. Um é o Diamond DA20-C1 Eclipse, com linhas inspiradas no voo a vela. O outro é uma relíquia com asas, um Fairchild PT-19 restaurado pelo aeroclube de Pirassununga. Voamos ambos.

Por fim, temos um artigo polêmico sobre a ação do Ministério Público que propõe mudanças nos critérios dos Inspac, uma reportagem sobre os riscos envolvendo rasantes em locais indevidos e um balanço com os preparativos da FAB para guarnecer os céus do Brasil durante a Copa.

Bom voo,
Giuliano Agmont e Christian Burgos

Redação
Publicado em 26/02/2014, às 00h00


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