Editorial - Edição 251
O termo negócio, de origem latina, seria uma derivação da expressão “negar o ócio”, ostentando em sua raiz um conceito indispensável às pessoas bem-sucedidas, a produtividade. Atualmente jatos, turbo-hélices, aviões a pistão e helicópteros se tornaram aliados fundamentais de “homens (e mulheres) de negócio” na missão de lutar contra as duas forças mais inclementes no mundo moderno: a falta de tempo e a virtualidade. As aeronaves têm sido utilizadas por empresários, fazendeiros, executivos, governantes, vendedores, engenheiros, médicos e tantos outros profissionais altamente qualificados no intuito de ir pessoalmente, e em menos tempo, aonde são demandados.
Sempre pensamos que as expressões avião executivo e jatinho carregam preconceitos e reforçam o estereótipo de artigo de luxo de privilegiados, quando, na verdade, são instrumentos liberadores de uma produtividade e de um impulso mais necessário do que nunca ao país, e que de outra forma ficaria represado.
Todo esse preâmbulo para justificar uma decisão editorial que corrige essa distorção: deixaremos de usar o adjetivo “executivo” para qualificar aviões empregados em missões de negócios. Na prática, adotaremos a designação mais ampla já utilizada por ingleses, franceses, espanhóis e alemães, ou seja, aviação de negócios.
A matéria que marca esse ponto de inflexão traça um panorama histórico do setor com uma lista dos principais modelos usados desde o fim da Segunda Guerra, um artigo saboroso para quem conhece e vive essa realidade. Ainda no mercado de aviação de negócios, investigamos qual será o primeiro aeroporto brasileiro voltado a operações não regulares a ser internacionalizado. Depois do alvoroço em torno dos anúncios de aeroportos privados em São Paulo, o aeródromo de Sorocaba manteve a proa e desponta como forte candidato. Visitamos o Bertram Luiz Leupolz para ver de perto sua expansão depois da chegada de operadores de peso como Gulfstream, Dassault e Embraer.
Ainda nesta edição, inauguramos uma nova seção, a “Aeroinvest”, voltada para quem investe em empresas do mercado aeroespacial. Nela vamos falar com a propriedade de quem acompanha o dia a dia da aviação dos altos e baixos associados às corporações que garantem o transporte aéreo global.
Bom voo,
Giuliano Agmont e Christian Burgos
Redação
Publicado em 24/04/2015, às 00h00
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