Caças F-35 do Block 4 terão o radar APG-85 que foi atualizado, ganhando novos sistemas e funções furtivas
Os caças F-35 Lightning II pertecentes ao 17º lote do contrato do Block 4, que inclui diversas atualizações de projeto, serão equipados com o novo radar AN/APG-85.
O novo radar possui os tradicionais modos ar-ar e ar-solo ativos e passivos de longo alcance de um sistema AESA, mas suportam uma maior gama de missões ar-ar e ar-superfície, incluindo guerra eletrônica, funções de inteligência, vigilância e reconhecimento.
Um dos destaques do AN/APG-85 é ampliar as características furtivas de funcionamento que oferece capacidade de longo alcance, permitindo que o piloto detecte, rastreie, identifique e destrua ameaças antes mesmo de ser detectado por sistemas inimigos.
“A Força Aérea, a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA estão desenvolvendo e integrando em conjunto um radar avançado para o F-35 Lightning II, que é capaz de derrotar ameaças aéreas e de superfície adversárias atuais e futuras”, disse o F-35 JPO em nota.
According to the #F35 JPO, the AN/APG-81 has 1676 Gallium Arsenide T/R modules. At a minimum, the new AN/APG-85 radar will be equipped with a similarly sized #GaN array. The more significant enhancements are likely to be in LPI/LPD, multi-ship signal processing & EA capabilities. pic.twitter.com/tkALzSE8iS
— Air Power (@MIL_STD) January 4, 2023
Ainda foi revelado que o novo radar será compatível com todas as variantes F-35A, F-35B e F-35C, sendo empregado de acordo com novos contratos assinados para o lote 17 do Bloco 4.
Atualmente, os aviões são equipados com o radar Northrop Grumman AN/APG-81 Active Electronics Scanner Array (AESA, na sigla em inglês), que é uma versão mais moderna do radar APG-77 usado no F-22 Raptor.
O AN/APG-81 apresenta recursos mais robustos de guerra eletrônica podendo operar como uma abertura aprimorada através de uma arranjo multifuncional (MFA), além de terproteção eletrônica (EP), ataque eletrônico (EA) e medidas de suporte eletrônico (ESM), fundamentais para seu emprego em um caça de quinta geração.
Um dos entraves do uso de radares em aviões furtivos é aumentar consideravelmente a capacidade de detecção do caça por forças inimigas. Ao ser acionado o radar emite um sinal que pode ser captado por sistemas rivais, ajudando a localizar o avião. De forma simplificada é como acender uma lanterna em um ambiente completamente escuro, tornando simples descobrir o local exato do emissor. Os novos radares tentam tornar a fonte de emissão mais difícil de ser localizada e rastreada.
* Colaborou Edmundo Ubiratan
Por André Magalhães
Publicado em 10/01/2023, às 09h00
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