Resíduos de insetos gera arrasto e aumenta consumo em até 6%
Um novo revestimento, criado para evitar a aderência de resíduos de insetos foi testado recentemente pela NASA e engenheiros da Boeing, conseguindo reduzir o número e os resíduos em cerca de 40%, quando comparado a uma superfície de controle não tratada.
Cinco dos revestimentos mais promissores, dos 200 desenvolvidos pelo time de engenheiros da NASA em Langley, foram testados por num Boeing 757 durante duas semanas. Os testes foram conduzidos em Shreveport, LA, escolhido por sua “população significativa de insetos”.
Devido a maior parte dos insetos viverem próximo ao solo, os revestimentos foram testados em mais de 15 voos partindo do aeroporto regional de Shreveport, envolvendo diversas operações de pouso e decolagem.
Segundo testes da NASA, o arrasto causado na aeronave pelos resíduos de insetos são, há muito, um desafio para a comunidade aeronáutica. "Asas de perfil laminar são projetadas para ser aerodinamicamente eficientes" lembrou Mia Siochi do Centro de Pesquisas da NASA Langley. “Se existe um acúmulo de insetos, o fluxo de ar passa de suave ou laminar para turbulento, causando arrasto adicional. Em voos de longo alcance isso significa um aumento de 5 a 6% em combustível. Pode ser uma surpresa, mas bastam insetos diminutos para perturbar o fluxo laminar sobre as asas”.
Ernesto Klotzel
Publicado em 08/06/2015, às 14h00 - Atualizado em 09/06/2015, às 10h46
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