Mês histórico para a FAB

Em 2014, a Força Aérea Brasileira teve motivos especiais para celebrar o mês do aviador. Foram duas ocasiões históricas para a corporação em outubro último. A primeira aconteceu na unidade de Gavião Peixoto da Embraer, no interior de São Paulo, com a cerimônia de apresentação do primeiro protótipo do avião multimissão KC-390, o maior já construído no Hemisfério Sul. A segunda se deu em seguida, um dia após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, com a assinatura do contrato de compra e desenvolvimento dos 36 caças Gripen NG junto à Saab. Além do incremento tecnológico para a indústria nacional, os programas correspondem à futura espinha dorsal da frota militar do país. Coincidência ou não, durante o roll-out do KC-390, militares suecos demonstraram interesse no avião brasileiro para substituir seus seis Hecules C-130H.

Ainda nesta edição, a cobertura completa da conferência deste ano da NBAA, o maior evento de aviação executiva do mundo, em Orlando, na Flórida. O mercado parece ter atingido seu ponto de maturidade tecnológica no momento em que a economia norte-americana dá mostras de recuperação. Em outras palavras, os portfólios dos principais fabricantes estão definidos com famílias de jatos de próxima geração para os diversos segmentos. O embrião da nova fronteira parece ter germinado na feira deste ano com a parceria da Airbus com a Aerios para a concepção de um avião executivo supersônico.

Também ensaiamos outro destaque da NBAA deste ano, o TBM 900, nossa capa. O novo integrante da família de turbo-hélices da centenária Daher-Socata ganhou melhorias aerodinâmicas, como hélice pentapá e winglets, que garantiram ao modelo executivo mais eficiência sem perder a flexibilidade de pousar e decolar curto em pistas não preparadas, ideal para quem opera em países como o nosso. E mais: a polêmica em torno do RBAC 61 e uma reportagem especial sobre o transporte aéreo de cargas.

Bom voo,
Giuliano Agmont e Christian Burgos