Exercício empregou o caça criado no mais caro projeto militar da história, que consumiu mais de R$ 1,65 trilhão
Capacidade de combate na imagem acima é maior que das forças aéreas de todos países da América do Sul somados
Em apenas dez minutos 52 caças F-35A Lightning II decolaram quase simultaneamente da base aérea de Hill, localizada ao norte do estado de Utah, nos Estados Unidos. O exercício militar, que de acordo com as autoridades do país estava planejado tinha várias semanas, ajudou a reforçar o enorme poderio militar norte-americano e ocorreu em paralelo com o crescimento das tensões com o Irã.
Oriundo do mais caro projeto militar da história, que consumiu mais de US$ 400 bilhões (R$ 1,65 trilhão), o F-35 é atualmente o mais avançado caça em serviço, superando em tecnologia embarcada até mesmo o F-22 Raptor. Analistas acreditam que custo de vida operacional do programa F-35 deverá custar mais de US$ 1,1 trilhão (R$ 4,54 trilhões) ao longo de trinta anos, ou US$ 36,6 bilhões (R$ 151,10 bilhões) por ano. Comparativamente, orçamento da Defesa no Brasil foi de R$ 60 bilhões em 2019.
Projeto JSF que deu origem ao F-35 custou mais de US$ 400 bilhões
As aeronaves envolvidas no exercício, que ocorreu no último dia 6, pertencem aos esquadrões 388th e 419th Fighter Wings, baseado em Hill e voaram em grupos para a jatos seguiram para Test and Training Range, uma região de treinamento, que permite inclusive lançamento de misseis e bombas, onde realizaram diversos exercícios.
De acordo com o coronel Michael Ebner, comandante do 388th Fighter Wings, o treinamento ocorreu após os três esquadrões baseados em Hill, terem recebido todos os caças F-35 planejados, tornando a base uma das primeiras nos Estados Unidos a ter suas linhas preenchias pelo novo jato. Todavia, os dois esquadrões possuem no total 78 aviões, mas por razões operacionais ‘apenas’ 52 foram empregados no exercício. Do total, segundo as força aérea norte-americana, seis aeronaves permanecem de reserva, armazenadas na base.
Questionado sobre o esforço militar demonstrar a capacidade bélica dos Estados Unidos, o coronel Ebner afirmou que o exercício foi planejado para permitir o adestramento dos envolvidos em uma ação de combate em larga escala a qualquer momento, mas não teve intenção de ser uma resposta direta ao Irã. “Isso foi completamente coincidência”, afirmou Ebner, que ressaltou que o planejamento para a missão começou antes do ataque ao general iraniano.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 14/01/2020, às 13h00 - Atualizado às 15h35
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