O anúncio da AA repercutiu nos Estados Unidos
American Airlines (AA) revelou que pretende investir US$ 100 milhões para construir uma instalação de manutenção no Brasil. Ela já possui um dos maiores centros de manutenção dos Estados Unidos em sua base de Tulsa, Oklahoma. A companhia aérea afirma que a unidade brasileira não vai afetar o fluxo de trabalho ou empregos em Tulsa, porém alguns funcionários afirmam temer o futuro.
A unidade brasileira se destinará a serviços de manutenção de linha, enquanto Tulsa realiza a manutenção pesada, o que pode significar até a desmontagem ou reconstrução completas, com a paralização da aeronave por um tempo de até semanas.
A preocupação é manifestada pelo sindicato local da classe, sempre vigilante quando se trata de qualquer terceirização – mesmo quando se trata de uma manutenção menor, como a de linha.
“American Airlines se orgulha de ter servido o Brasil durante quase 27 anos. Pretendemos construir um hangar de duas baias no Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos ainda este ano. Ele vai nos dar a oportunidade de continuar a manutenção de linha em aeronaves widebody que estacionam até 12 horas. O hangar será utilizado exclusivamente pela American e vai operar com equipes de Operações Técnicas da American Airlines sem causar qualquer impacto nos trabalhos já realizados em Tulsa e nos EUA”.
Declarações como estas – parte da rotina em situação semelhante – ainda podem encontrar certa desconfiança entre alguns funcionários e seu Sindicato. É o pesadelo de uma futura terceirização.
Ernesto Klotzel
Publicado em 15/03/2017, às 12h40 - Atualizado às 12h45
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