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Fim do impasse

Greve em fornecedor da Boeing chega ao fim nos EUA

Trabalhadores da Spirit AeroSystems aprovam contrato de quatro anos, atividades na fábrica de Wichita serão retomadas na semana que vem


Spirit AeroSystem é responsável por grande parte da montagem do 737 MAX - Divulgação
Spirit AeroSystem é responsável por grande parte da montagem do 737 MAX - Divulgação

A Spirit AeroSystems, principal fornecedor da Boeing e responsável por grande parte do 737 MAX informou ontem (29), que vai retomar as operações na fábrica de Wichita, nos Estados Unidos. O fim da greve ocorreu após a assinatura de um novo contrato com a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM).

O retorno das atividades na maior fábrica da Spirit AeroSystems acontece depois da aprovação do acordo que inclui aumento salarial garantido de 23,5%, gratificações anuais e subsídio de custo de vida, bônus de assinatura de US$ 3.000 e a permanência do plano básico de saúde. 

"Ouvimos atentamente nossos funcionários e apresentamos uma oferta justa e competitiva. Com a aprovação de nossos funcionários representados pela IAM, esperamos voltar ao importante trabalho de fornecer produtos de qualidade aos nossos clientes", disse disse Tom Gentile, presidente e CEO da Spirit AeroSystems. 

O novo contrato resulta de negociações iniciadas no sábado passado entre a empresa e representantes ​​da IAM, mediadas pelo Serviço Federal de Mediação e Conciliação. 

A fabricante coordenará estreitamente com seus fornecedores e clientes ao reiniciar a produção, e afirma que "permanecerá focada nos padrões de segurança e qualidade à medida que aumenta a produção".

A Spirit Aerosystems é responsável por grande parte da estrutura dos jatos da família 737 MAX, principal produto e fonte de receita da Boeing. 

Em Wichita, são produzidas a fuselagem dos jatos de corredor único e componentes e peças para outras aeronaves, incluindo programas da Airbus. A unidade emprega cerca de 11.000 dos 12.700 funcionários da fabricante de aeroestruturas.

Com o fim da greve, a Boeing pode retomar os planos para aumentar o ritmo de produção do 737 MAX, dos atuais 31 para 38 por mês.

Por Wesley Lichmann
Publicado em 30/06/2023, às 10h58


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